Aplicações financeiras: entenda de forma descomplicada!

Todo investidor está sempre em busca de aplicar seu capital em investimentos de alta rentabilidade. Mas sabemos que são muitas as possibilidades e modalidades de aplicações financeiras por aí.

Escuta-se falar muito da busca dos investidores para mudar para renda variável, sair da poupança, que investimento coletivo pode render até 250% do CDI… mas antes de dar um passo em tudo isso, é preciso voltar ao básico!

Ou seja, entender mais afundo algumas das aplicações financeiras tradicionais do mercado e como elas funcionam.

Por exemplo, você sabe bem o que é um CRA? E qual a liquidez de um LCI? Como investir em debêntures?

Fica tranquilo! Preparamos uma explicação bem simples das seguintes aplicações:

– Poupança;

– CDB;

– LCI/LCA;

– CRI/CRA;

– Debêntures.

Vamos juntos entender o que é, quanto rende, quais as tributações envolvidas, a liquidez, segurança e onde investir. Vamos juntos!

Poupança

O que é:

A poupança (conta poupança ou caderneta de poupança) é a aplicação financeira mais famosa do Brasil. Porém é uma das aplicações de menor rentabilidade. Ainda sim, acordo com o Raio X do Investidor 2019 da Anbima, 88% dos brasileiros guarda dinheiro na caderneta. E maioria deles deixa o dinheiro aplicado por até 11 anos (vai entender né…).

Quanto rende:

Há um mito de que a poupança rende 0,5% ao mês. Isso só é verdade para as aplicações que foram feitas até 03/05/2012. Todo dinheiro que foi depositado a partir de 04/05/2012 rende apenas 70% da Selic + TR. (Veja, em cenários de Selic abaixo de 5%, significa que a poupança rende na ordem de 3,5%, tirando a inflação então, inferior a 1%.).

Liquidez:

A poupança pode ser sacada a qualquer momento. Contudo os rendimentos são mensais e nas “datas de aniversário”. Logo, se você depositar R$1.000,00 na poupança no dia 10, os rendimentos desse depósito cairão todo dia 10. Se você fizer outro depósito dia 15, terá duas datas de aniversário, uma para cada depósito.

Segurança:

As aplicações feitas na poupança contam com a segurança ordinária do FGC. Ou seja, cada pessoa tem garantia de R$250.000,00 em cada instituição bancária em até quatro instituições.

Onde investir:

Bancos

Impostos:

A poupança é isenta de Imposto de Renda.

CDB

O que é:

Certificados de Depósito Bancário (CDBs) são aplicações financeiras emitidas por bancos. Ao comprar um CDB você está emprestando para o banco que o emitiu. O banco usará este dinheiro para emprestar para outros correntistas ou financiar outros projetos.

Quanto rende:

Diferente da poupança, o rendimento do CDB pode variar com: banco emissor, prazo de investimento e quantia. Seu rendimento pode ser Pré ou Pós Fixado, de acordo com o banco emissor. Normalmente seu rendimento é indexado ao CDI.

Liquidez:

A liquidez do CDB varia de acordo com o título. É muito comum encontrar CDBs com liquidez diária. Ou seja, você pode sacar a qualquer momento.
Há também títulos que não permitem sacar o dinheiro por um tempo. Neste caso há certa insegurança do investidor que não conseguirá sacar o dinheiro antes caso precise. Mas normalmente o rendimento também é maior.

Segurança:

As aplicações feitas em CDBs contam com a segurança ordinária do FGC. Ou seja, cada pessoa tem garantia de R$250.000,00 em cada instituição bancária em até quatro instituições.

Onde investir:

Bancos e corretoras

Impostos:

Sobre os rendimentos do CDB, incidem Imposto de Renda e IOF. Ambos são regressivos, o I.R. cai até 15% dos lucros e o IOF até 0%.

LCI/LCA

O que é:

Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio são aplicações financeiras direcionadas ao financiamento dos setores Imobiliário e de Agronegócio, respectivamente. Isso significa que ao comprar um desses títulos você, investidor, está emprestando dinheiro para bancos financiarem projetos de outras empresas destes setores.

Quanto rende:

O rendimento de LCI/LCA pode variar com: banco emissor, prazo de investimento e quantia. Seu rendimento pode ser Pré ou Pós Fixado, de acordo com o banco emissor. Normalmente seu rendimento é indexado ao CDI.

Liquidez:

A liquidez de um LCI/LCA varia de acordo com o título. Normalmente, a liquidez mínima encontrada é de 90 dias.

Segurança:

As aplicações feitas em LCI/LCA contam com a segurança ordinária do FGC. Ou seja, cada pessoa tem garantia de R$250.000,00 em cada instituição bancária em até quatro instituições.

Onde investir:

Bancos e corretoras

Impostos:

LCI/LCA´s são isentas de I.R.

CRI/CRA

O que é:

Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e do Agronegócio (CRA) são aplicações financeiras emitidas por empresas privadas não bancárias. Ou seja, empresas dos setores Imobiliários ou do Agronegócio podem emitir CRI/CRA´s para financiar seus projetos. Antes de vender estes produtos ao público, uma seguradora deve analisar os contratos, a empresa e atribuir ratings ou até garantias em alguns casos.

A grande diferença desses títulos para LCI/LCA é que os últimos são emitidos por bancos. Já CRI/CRA´s  são emitidos por empresas do setor.

Quanto rende:

O rendimento de CRI/CRA varia de acordo com o desejo da empresa Emissora. Ela tem uma flexibilidade muito grande para definir se pagará rendimentos indexados, pós-fixados o pré-fixados.

Liquidez:

A liquidez de CRI/CRA varia de acordo com o título. Normalmente, a liquidez mínima encontrada é de 2 anos. Alguns títulos pagam cupons para os seus investidores.

Segurança:

Estas aplicações não contam com FGC. Entretanto, podem ser dadas outras garantias reais.

Onde investir:

Bancos e corretoras

Impostos:

CRI/CRA´s são isentas de I.R.

Debêntures

O que é:

Debêntures são títulos de dívidas emitidos por empresas para financiar projetos.

Quanto rende:

Assim como o caso de CRI/CRA, são aplicações financeiras em que as empresas têm muita flexibilidade para definir como irão remunerar os seus acionistas.

Existe um tipo de debênture chamado debêntures conversíveis. Neste caso, quando chegar o vencimento do título, a empresa converte os debenturistas (investidores) em acionistas.

Liquidez:

Normalmente, a liquidez das debêntures é de mais de 3 anos. São conhecidas como investimentos de longo prazo. Ao estruturar as debêntures as empresas podem escolher pagar cupons aos seus investidores.

Segurança:

Debêntures tem uma segurança muito variável. Não contam com FGC, mas podem ter outras garantias. Ao estruturar as debêntures, as empresas podem atrelar a elas vários instrumentos que aumentam a segurança do investidor. Lembre-se de ler bem a escritura da debênture e tirar todas as suas dúvidas.

Onde investir:

Bancos e corretoras

Impostos:

Sobre os rendimentos de debêntures, incide Imposto de Renda. O I.R. é regressivo e cai até 15% dos lucros.

O governo brasileiro concede a algumas empresas o direito de emitir Debêntures Incentivadas. Elas estão atreladas a projetos de estrutura que beneficiarão o país. Neste caso, o investidor não paga I.R.

 

Vale lembrar que estas são só algumas das aplicações financeiras existentes no mercado. São muitas as alternativas de investimento, como é o caso do investimento coletivo, que assim como Debêntures, permite aplicações na economia real. Para conhecer mais sobre ela, acesse aqui!