Empreendimento imobiliário? O que é, quais os tipos e como investir
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outubro 8, 2020Sabemos que o mundo corporativo está cada vez mais acirrado. Para se manter em evolução, uma empresa precisa acompanhar as mudanças e estar sempre atualizada em relação a sua autogestão, priorizando a otimização de processos e o aumento de lucratividade. Neste cenário, surge o financiamento coletivo.
Contudo, para expandir seu campo de atuação e melhorar sua capacidade de produção, é preciso ter capital para realizar investimentos constantes.
Em muitos casos, os empreendedores acabam recorrendo a empréstimos para captar recursos e viabilizar o desenvolvimento de seu negócio. Porém, hoje em dia existem algumas opções que apresentam resultados mais interessantes, como o financiamento coletivo.
O que é um financiamento coletivo?
O financiamento coletivo ou crowdfunding é uma maneira moderna de captar recursos que dispensa idas a um banco. Através dele, pessoas podem contribuir para que um projeto seja realizado e em troca elas ganham recompensas, que são ofertadas por quem receberá o apoio financeiro.
O termo é bastante usado para descrever ações na Internet com o objetivo de arrecadar dinheiro para artistas, pequenos negócios, empresas emergentes, campanhas políticas, iniciativas de software livre, filantropia e ajudar a regiões atingidas por desastres.
É comum que seja estipulada uma meta de arrecadação que deve ser atingida para que o projeto seja viabilizado. Caso os recursos arrecadados sejam inferiores à meta, o projeto não é financiado e o montante arrecadado volta para os doadores.
Para que serve um financiamento coletivo?
O financiamento coletivo serve para conseguir recursos para a realização de projetos, que podem ser voltados para a criação de uma empresa, apoio a uma causa social, realização de eventos, desenvolvimento de produtos, entre outros. Ele é utilizado para qualquer tipo de mercado, seja ele cultural, de saúde, tecnologia, industrial, entre outros.
O crowdfunding também serve não apenas para pessoas que não possuem dinheiro para o financiamento, mas também para empreendedores que precisam levantar um capital alto.
Esta modalidade de financiamento se apoia na vontade das pessoas em ajudar um negócio a sair do papel, mesmo com baixo investimento, com o objetivo de poder participar de alguma forma daquela empresa no futuro.
Como funciona um financiamento coletivo?
O funcionamento de um crowdfunding se dá por meio de plataformas e é relativamente simples. O dono de um projeto se cadastra e apresenta a ideia aos investidores, também cadastrados. Serão disponibilizadas informações sobre a empresa do possível tomador, dados do plano e o valor que precisa.
A partir daí, o investidor, depois de se cadastrar na plataforma, pode analisar e selecionar as oportunidades de investimento e então realizar sua proposta.
Quais são os tipos de financiamentos coletivos?
Existem, basicamente, quatro tipos de financiamentos coletivos. Falaremos sobre cada um deles a seguir.
Doações
Este tipo de financiamento coletivo tem sido utilizado por grandes instituições de caridade, pois não há recompensa em troca de uma contribuição. As pessoas contribuem simplesmente por acreditar na causa e não na expectativa de receber um item em troca.
Ela funciona da seguinte maneira: você cria uma campanha para arrecadar fundos para um projeto; explica porque merece receber cada contribuição e o que fará com o dinheiro; estipula uma meta de arrecadação (não há limite para a sua meta); e lança a campanha de crowdfunding.
Recompensa
O financiamento coletivo do tipo recompensa é o mais comum no mundo todo. Ou seja, o contribuidor recebe uma recompensa oferecida na campanha.
Ele funciona da seguinte maneira: você cria uma campanha para arrecadar fundos para um projeto; explica porque merece receber cada contribuição e o que fará com o dinheiro; estipula uma meta de arrecadação; inclui uma recompensa atrativa e lança a campanha de crowdfunding.
Participação Societária
Também conhecida como Equity, a participação societária se caracteriza como investimento no capital de uma empresa. As pessoas vendem títulos da sua empresa para diversos contribuidores (neste caso, investidores) que apostam na sua ideia de negócio.
A sociedade gestora oferece ações ou participação da empresa em troca, de modo que as pessoas que participam se tornam parte da sociedade, intitulado como o dinheiro contribuiu para participar dos benefícios.
Diferentemente do crowdfunding tradicional onde os usuários contribuem com um determinado projeto sem a expectativa de lucrar, no equity crowdfunding, o contribuidor está em busca de retorno financeiro e também de crescer junto com a empresa.
Ele funciona da seguinte maneira: você cria uma campanha para arrecadar fundos para uma empresa; explica sobre a empresa e os planos de seu negócio; deixa claro qual será o retorno obtido pelos contribuidores e lança a campanha de crowdfunding.
Participação Financeira
Neste tipo de crowdfunding, também chamado de peer-to-peer (P2P), os investidores recebem seu dinheiro de volta com juros. Ele permite a concessão de empréstimos de dinheiro, ignorando os bancos tradicionais. Os contribuidores investem em uma ideia em que acreditam e, depois de um tempo, recebem o retorno financeiro de seu investimento.
Ele funciona da seguinte maneira: você cria uma campanha para arrecadar fundos para um projeto; explica sobre sua ideia e em que investirá o dinheiro dos contribuidores; deixa claro como e quando os contribuidores receberão o investimento de volta e lança a campanha de crowdfunding.
Quais as modalidades do financiamento coletivo?
Agora que você já conhece os tipos de financiamento coletivo, chegou a hora de falar sobre as modalidades: flexível ou tudo ou nada.
Flexível
Quando a sua campanha ou ideia pode ser beneficiada a partir de qualquer montante, sem possuir um mínimo necessário para dar continuidade.
Normalmente, esse tipo de financiamento coletivo flexível possui um prazo máximo para arrecadação de 60 dias.
Tudo ou nada
Para esta modalidade você recebe o valor arrecadado apenas se atingir ou ultrapassar sua meta estabelecida. Caso contrário, todas as doações são devolvidas pelo site aos seus contribuidores. Isso é o que consta na regulamentação icvm588.
Ela serve para quem está lançando projetos que necessitam de um valor mínimo para ser desenvolvido.
Geralmente, você não paga nada para criar ou lançar uma campanha nesses moldes e ainda tem um prazo de 60 dias para arrecadação.
Veja abaixo uma tabela de comparação sobre a diferença entre as modalidades.
Tudo ou Nada | Flexível | |
Compromisso | Compromisso de executar o projeto e entregar as recompensas apenas se a arrecadação atingir ou superar a meta. | Compromisso de executar o projeto e entregar as recompensas independentemente do valor arrecadado. |
Meta | Você só recebe se atingir 100% ou mais da meta. Caso contrário, você não recebe nada e a plataforma devolve todo o dinheiro arrecadado aos investidores. | Independentemente de ter atingido 100% da meta, ao final da campanha o realizador recebe tudo o que tiver captado. |
Recompensas | A oferta de recompensas para os apoiadores é opcional. Se o realizador optar por oferecer as contrapartidas a entrega das mesmas deverá acontecer somente se a meta mínima de arrecadação for atingida e o projeto for financiado. | A oferta de recompensas para os apoiadores é opcional. Ainda assim, se o realizador optar por oferecer as contrapartidas, é fundamental que a entrega seja garantida, independentemente do valor arrecadado na campanha. |
Prazo | O prazo da campanha é definido antes de iniciar arrecadação, com duração máxima de 60 dias. Após o início da campanha, esse prazo não poderá ser alterado. | O projeto pode ser publicado com prazo já definido (de 1 a 365 dias) ou com prazo em aberto (sem um prazo definido e você terá a opção de definir uma data de término do projeto a qualquer momento). |
Qualquer pessoa pode investir em um financiamento coletivo?
O financiamento coletivo já não é mais novidade e há algum tempo podemos acompanhar o movimento de pessoas ajudando outras a alcançarem realizações próprias por identificação, com o propósito apresentado em suas propostas.
No Brasil, este tipo de plataforma de crowdfunding existe desde 2013 e também permite que qualquer pessoa possa investir em negócios em troca de uma remuneração ou participação no negócio. E não precisam ser valores altos.
Quais são as vantagens de investir em um financiamento coletivo?
O financiamento coletivo é indicado para investidores que têm o valor mínimo estipulado pela plataforma (que costuma ser baixo) e desejam ajudar no crescimento e andamento de uma empresa ou projeto.
Como não há necessidade de burocracias bancárias, o processo se torna mais fácil e rápido, além de possuir vantagens e diferenciais importantes que têm feito essa modalidade de aplicação ganhar espaço no mercado financeiro.
Alguns dos principais benefícios de investir em um financiamento coletivo são:
- Acesso a investimentos de forma rápida, online e segura;
- Possibilidade de bons retornos;
- Diversificação da carteira de investimentos;
- Ótima maneira de rentabilizar os seus recursos;
- Não há taxas administrativas;
Pensando pelo lado de quem receberá o valor, as taxas são consideravelmente mais baixas. O que permite que a pequena empresa possa arcar com o valor total do empréstimo, reduzindo o nível de inadimplentes nesse tipo de processo.
Quais são os riscos de investir em um financiamento coletivo?
Assim como em qualquer negócio, existem alguns riscos de investir em um financiamento coletivo.
Um dos pontos que devem ser ressaltados em relação ao crowdfunding é a presença de golpistas, que são capazes de produzir um plano de negócios relativamente complexo, criar um vídeo para mostrar sua ideia e convencer milhares de pessoas a investirem naquilo, que pode ser uma fraude ou até mesmo uma empresa fantasma.
Por ser considerado um investimento e não uma doação, o usuário que ajudar a financiar um projeto recebe algo em troca na maioria dos casos.
Ao prometer incentivos ou recompensas, o criador de projetos assume as obrigações previstas no artigo 854 e seguintes do Código Civil Brasileiro, tornando-se diretamente responsável pelo cumprimento de sua promessa perante os apoiadores que preencherem as condições estipuladas, sem qualquer responsabilidade, direta ou indireta, por parte do site.
Um outro problema para os criadores de projeto envolve a exposição da sua ideia, que fica a disposição de qualquer pessoa que acessar a página, o que aumenta o risco de plágio.
Os investidores insatisfeitos também entram para a lista de riscos do financiamento coletivo, pois eles podem contestar seus investimentos, causando problemas para as empresas, plataformas e processadores de pagamento.
Ou seja, essa é uma via de mão dupla. Vale analisar bem o projeto que deseja expor para arrecadar fundos ou o investimento que deseja fazer em determinado produto. É importante lembrar que nem tudo é risco quando falamos de crowdfunding.
Por que participar de um investimento coletivo na Vangardi?
Após anos de experiência em avaliação de empresas, negócios e empreendimentos, a Vangardi apostou em uma modalidade de investimento moderna e inovadora, criando um “braço” de investimento coletivo.
Crescendo e adquirindo relevância no mercado em um curto espaço de tempo, a Vangardi foi conquistando seu espaço, tornando-se uma empresa independente para ampliar sua atuação e conquistar ainda mais seu objetivo: democratizar, para todo o Brasil, o acesso a investimentos na economia real.
A equipe da Vangardi cresceu e hoje é uma fintech focada em revolucionar o financiamento do mercado imobiliário, trazendo investidores de todo o país para estar na vanguarda de uma inovadora maneira de investir.
São diversas as razões para você investir em um financiamento coletivo na Vangardi. Veja abaixo quais são elas!
1. Rentabilidade muito acima da média
O primeiro motivo para você fazer investimento coletivo é justamente a alta rentabilidade.
Se por um lado a rentabilidade da poupança é de 1,57% ao ano, na Vangardi o retorno fica em torno de 11% a 15% ao ano, pré- fixado.
Ou seja, nessa modalidade o investidor tem chances de lucros maiores, uma vez que os empreendimentos que receberam o investimento têm perfis promissores de desenvolvimento.
2. Investir na economia real
O investimento coletivo favorece a própria sociedade, uma vez que disponibiliza recursos para o desenvolvimento de diversos empreendimentos essenciais. Em outras palavras, há mais oportunidades de trabalho e dinheiro circulando na economia.
3. Estar alinhado a uma tendência
O fato de o Brasil estar cada vez mais aderindo às oportunidades de financiamento coletivo para investimentos significa um alinhamento total com as práticas financeiras do exterior, oferecendo aos investidores segurança e rentabilidade.
4. Diversificar a carteira
Quando o assunto é investimento, uma das palavras mais importantes é “diversificação”, isto é, encontrar modalidades diferentes para aplicar e ampliar as chances de melhores resultados.
5. Aproveitar a retomada da construção civil
Um dos principais setores em que se pode investir com o investimento coletivo é o mercado imobiliário. As construtoras utilizam desta moderna forma de financiamento para auxiliar no desenvolvimento de seus empreendimentos.
Conclusão
O financiamento coletivo é uma maneira de obter capital para iniciativas de interesse geral, por meio da agregação de múltiplas fontes de financiamento e de recompensa dos apoiadores.
As formas de crowdfunding mais comuns são a flexível ou tudo ou nada; e elas podem ser divididas em modelos de financiamento: recompensa, participação societária e participação financeira.
Nos últimos anos, devido à crise econômica e à emergência da economia criativa, essa forma de financiamento tem se popularizado entre os indivíduos e empresas que precisam transformar um projeto em realidade, mas não tem os recursos necessários para isso.
As vantagens são bastante animadoras, como: minimização dos riscos de investimentos para os empreendedores e criadores de conteúdo; estabelecimento de uma comunidade mais propensa a dar feedbacks honestos com relação ao conteúdo entregue; criação de uma base de apoio e possibilidade de qualquer pessoa participar por menor que seja a contribuição.
Quanto às desvantagens, algumas podem ser prevenidas ou superadas, quando o projeto exposto corre o risco de ser copiado ou fraude no pagamento.
Para evitar que as desvantagens se sobressaiam, é importante planejar bem tanto o projeto quanto a campanha de financiamento coletivo. Quanto mais detalhadas forem as fases de execução, maiores serão as chances de sucesso.