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fevereiro 13, 2020Ao adquirirmos um produto ou serviço, precisamos saber se há alguma forma de nos resguardarmos, não é mesmo? A situação é semelhante no mercado financeiro. Quando você vai investir o seu dinheiro, seja na renda fixa ou variável, a garantia de investimento é uma forma de proteger o cumprimento dessa operação.
Existem diversos tipos de garantias para as pessoas que fazem algum tipo de aplicação, sendo que algumas são praticamente a mesma em determinadas modalidades, mas variam em outros casos, como no investimento coletivo.
Então, para deixar tudo isso bem claro para você e reforçar os pontos de segurança que você deve observar na hora de investir, esse texto irá trazer diversas informações relevantes. Continue a leitura!
O que é garantia de investimento?
Imagine que você tenha planos, por exemplo, de fazer uma pós no exterior daqui a alguns anos e, por isso, esteja juntando dinheiro. Então, você encontra uma forma de valorizá-lo, a aplicação dos sonhos, com rendimentos altíssimos, mas você não tem garantia alguma com relação ao sucesso – ou fracasso – da operação.
Eu não sei você, mas eu fiquei sem ar só de pensar! Aplicar meu suado dinheiro sem qualquer tipo de garantia?! E se a empresa quebrar completamente e não tiver fiadores? E se o negócio todo for uma furada? Nada disso! Todo e qualquer investidor, do mais conservador ao mais agressivo, precisa se resguardar.
É por isso que o mercado financeiro conta com algumas medidas de proteger quem investe dinheiro, de forma a garantir que as operações sejam consolidadas. Dessa forma, as pessoas sentem-se mais seguras em fazer suas apostas e buscar novas possibilidades de investimento.
Quais são as garantias?
Como você já foi informado logo no início do texto, existem algumas maneiras diferentes de resguardar o cumprimento dos acordos de quem investe dinheiro.
Aplicações tradicionais de renda fixa têm como garantia de investimento o chamado Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Entre algumas das modalidades resguardadas por ele, podemos destacar:
- Poupança – que, por sinal, é a favorita de 65% dos brasileiros, apesar da baixa rentabilidade;
- Certificados de Depósito Bancário (CDB);
- Letras de Crédito Imobiliário (LCI);
- Letras de Crédito do Agronegócio (LCA);
- Letras de Câmbio (LC);
- Letras hipotecárias (LH).
O que é o Fundo Garantidor de Crédito?
Para que você entenda como funciona esse “salvador” das aplicações, confira a explicação a seguir.
O Fundo Garantidor de Crédito é uma entidade que garante que o investidor irá receber o dinheiro aplicado e seus rendimentos, conforme o acordo feito para a aplicação, incluindo valores e prazos, por exemplo.
O órgão, ou melhor, a associação civil sem fins lucrativos surgiu em 1995, tendo como objetivo resguardar as operações do mercado financeiro. Como funciona essa cobertura?
Para dar um exemplo, em tempos de fortes crises, quando vemos notícias de bancos quebrando, as pessoas que mantêm aplicações nas instituições têm a proteção do FGC. Em outras palavras, o Fundo oferece a cobertura de R$ 250 mil, por emissor. Isto é, cada “volume” de investimento que a pessoa tiver, em cada instituição financeira, será coberto até esse valor.
É por isso que muitos dos especialistas em finanças não recomendam investimentos acima desse montante, para que não fuja dessa cobertura do FGC. Além do mais, diversificar a carteira é uma estratégia fundamental para investidores.
Garantias para outras modalidades
Quem busca rendimentos mais elevados na renda variável, sabe que as modalidades incluem riscos maiores, mas nem por isso deixam de ser amparadas por garantias de investimento.
Por exemplo, no mercado de ações, há indenizações estabelecidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que garantem ao investidor o direito de ressarcimento em determinados casos. Isso pode incluir uma situação em que a corretora realiza uma operação sem autorização do investidor.
No caso dos fundos de investimentos, a escolha da gestora é algo de grande importância, pois ela administra e define as melhores possibilidade de alocação do investimento. Mas gestoras são independentes, isto é, caso venha a quebrar, a administração do fundo em questão passa para outra gestora.
E a garantia do investimento coletivo?
Como o investimento coletivo (equity crowdfunding) está conquistando cada vez mais a atenção dos investidores, vale a pena falar sobre esse tema separadamente.
Só para recapitular, investimento coletivo é uma modalidade em que um grupo de pessoas físicas fazem aplicação – mínimo de R$ 1.000 – para investir em determinado projeto ou empresa, principalmente as startups. E, assim, com o desenvolvimento e crescimento do empreendimento, os cotistas recebem ganhos em cima disso.
A primeira garantia que já é importante mencionar aqui é o fato de o equity crowdfunding ter sido regulamentado pela CVM, em 2017. Essa é uma modalidade já consolidada em diversos países da europa, bem como nos Estados Unidos, e o Brasil entendeu a relevância dela como opção de investimento, oferecendo regras para a segurança ao investidor.
Além do mais, plataformas como a Vangardi se preocupam em oferecer outras importantes garantias, para estimular mais e mais pessoas a buscarem essa alternativa de valorização do dinheiro. Mas, quais são elas? Abaixo, separamos algumas das mais comuns.
Fiança do sócios
Essa é uma garantia exigida para que determinada empresa ou projeto passe a fazer parte da oferta do investimento de financiamento coletivo. A fiança é dada por um fiador, que fica responsável pelo devedor e, assim, assume obrigações referentes a ele.
Fiadores têm interesse no desenvolvimento dos negócios e, por isso, são figuras de “pressão” para que os administradores de empresas cumpram com acordos.
Garantia imobiliária real
No investimento coletivo, outra garantia é a chamada “imobiliária real”, que é, na verdade, um imóvel do sócio ou da construtora ou empreendimento em questão. Esse resguardo está relacionado à alienação fiduciária, em que um bem (nesse caso, um imóvel) é transferido para o credor.
Patrimônio de afetação
Outra proteção nos investimentos de crowdfunding são os empreendimentos sob patrimônio de afetação, regulamentado pela Lei 10.931/94.Isso significa que os fundos captados para determinada construção devem ser aplicados obrigatoriamente nela, e não destinados a outros projetos.
A medida previne a “bola de neve” que seria se projeto sem recursos tomasse de outro e de outro e mais outro. Ou seja, quem aplica dinheiro em investimento coletivo não passa por essa dor de cabeça.
A maior garantia é o seu perfil de investidor
Com todas as informações que você leu acima, já entendeu bem que as aplicações financeiras são feitas por meio de acordos entre as partes envolvidas, certo? E, então, cabe a instituições – como as corretoras e plataformas – que mediam os processos a analisar e zelar pelo cumprimento do negócio.
Mas, além de da responsabilidade das empresas e de todas essas garantias que foram mencionadas, vale destacar que nenhuma vence o perfil de investidor de cada um. Como assim?
Na hora de escolher nossos investimentos, precisamos ter em mente aquilo que estamos dispostos a arriscar. E o mais interessante sobre o mercado financeiro é que existem modalidades para todos os tipos de pessoas.
Para quem não se sente confortável, de forma alguma, em arcar com os riscos de uma renda variável, por exemplo, melhor seguir em frente com as aplicações mais tradicionais.
Por outro lado, quem já sabe da dinâmica do mercado e tem tranquilidade para entender como essa relação entre riscos e ganhos funciona, colhe os frutos com um investidor arrojado.
E, dessa forma, a sua maior garantia em investimento é saber quem é você e o que deseja nesse mundo de oportunidades financeiras.
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