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abril 14, 2021Uma atitude muito comum anos atrás tem sido mudada a partir de 2020: o investimento na poupança. O motivo seria o baixo rendimento depois da chegada de diversas frentes e possibilidades com maior retorno para os investidores.
A poupança completou 160 anos em março e recebe cada vez menos recursos de quem tem uma quantia guardada e deseja garantir a rentabilidade, por mínima que seja. Criada por meio do decreto nº 2.723 de 12 de janeiro de 1861 e assinada por D. Pedro II, originalmente tinha como objetivo captar os recursos das classes mais pobres.
Mas a realidade atual é outra e por conta da mínima histórica da taxa básica de juros – a Selic, a poupança vem perdendo para a inflação. Em 2020, enquanto a caderneta rendeu 1,99%, o IPCA, índice do IBGE que mensura a inflação oficial no Brasil, encerrou o ano em 4,52%. Na prática, significa que o dinheiro deixado na poupança no ano passado perdeu poder de compra.
Em 2020, os brasileiros depositaram R$166,310 bilhões na caderneta de poupança, o maior valor líquido já registrado na série histórica, que teve início em 1995. Entretanto, a crise provocada pelo Coronavírus deixou os investidores desconfiados que, por sua vez, passaram a arriscar o capital em outras possibilidades.
Os economistas apontam outros investimentos tão seguros quanto a poupança e que trazem retornos melhores. Isso acontece porque com o juros a 2,75% ao ano, a poupança rende 70% dessa taxa — em torno de 1,92%. A inflação projetada para este ano é de 4,75%.
Com a inflação acima da rentabilidade da poupança, quem deixa dinheiro lá está perdendo para a inflação. A seguir abordaremos esse tipo de investimento que tem sido alvo de discussões e acusações de baixo rendimento e o porquê a poupança se transformou tanto ao longo dos anos.
O que é a caderneta de poupança?
A caderneta de poupança é a forma mais antiga existente no Brasil de poupar dinheiro que vem sofrendo mudanças com o passar dos anos e deixando de ser atraente a muitos investidores.
Criada em 1861, por Dom Pedro II, junto com o decreto que instituiu e regulamentou a Caixa Econômica Federal, no início era destinada ao pequeno investidor com um limite de R$ 50 mil réis, aproximadamente, R$ 7.000,00 na moeda brasileira atual.
A caderneta de poupança está atrelada à variação da Taxa Selic. Quando a Taxa Selic é igual ou inferior a 8,5%: a poupança paga 70% da Selic + a Taxa Referencial (TR), que é basicamente nula. Quando a Taxa Selic é superior a 8,5%: a poupança paga 0,5% ao mês + a Taxa Referencial (TR).
A Taxa Selic atingiu o menor patamar histórico e está fixada em 4,5% desde dezembro de 2019. Desta forma, o retorno da caderneta de poupança é estimado em 3,15% ao ano. Sendo assim, a remuneração da poupança é menos vantajosa, comparada com outros produtos financeiros.
Regras gerais de funcionamento da poupança
Apesar da baixa taxa de retorno, a poupança ainda é o tipo de investimento mais procurado e um dos primeiros mais lembrados pelos brasileiros. Dados do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) de janeiro de 2021 mostram que há mais de 22 mil contas poupanças com saldo maior que R$ 1 milhão – 28% a mais do que em janeiro de 2020.
As regras de remuneração da caderneta mudaram em 2012 passando a valer para todos os bancos, ou seja, o investidor passou a receber os mesmos valores em qualquer instituição. Nesta condição, passou-se a estabelecer uma métrica que altera o rendimento, assim como:
- Se a Selic estiver acima de 8,5% ao ano, o rendimento da poupança será de 0,5% ao mês mais a variação da TR;
- Se a Selic estiver igual ou abaixo de 8,5% ao ano, o rendimento da poupança será equivalente a 70% da Selic mais a variação da TR.
Conforme o preço dos produtos e dos serviços variam de acordo com as transformações da economia e da inflação, oscilando a cada ano, o resultado disso é o baixo retorno dos investimentos na poupança.
Além disso, a chegada de novos formatos de investimentos e opções variadas nas cartelas de instituições financeiras têm feito com que quem deseja poupar dinheiro recorra a outras possibilidades que possuem tanta segurança – ou até mais – quanto a poupança.
Por que tantos brasileiros optam pela poupança?
Especialistas afirmam que, apesar das controvérsias, oito em cada dez brasileiros investem na poupança, mesmo com outras opções mais vantajosas no mercado. Um estudo da Anbima, que identifica o perfil do investidor brasileiro e os lugares que ele escolhe aplicar, identificou que 90% dos brasileiros conhecem a poupança e outros 88% guardam dinheiro nela.
Este cenário justifica-se pela comodidade e facilidade que a poupança oferece uma vez que quem investe na poupança, geralmente tem uma conta vinculada a ela e assim é possível programar uma reserva mensal ou fazer a transferência entre as contas.
Outra razão seria o receio de que o investidor não tenha uma quantia suficiente de dinheiro para aplicar em outras instituições. Ou até mesmo o desconhecimento de outros formatos de investimento fazem com que a poupança seja a primeira opção entre os potenciais investidores.
Por ser o primeiro método de poupar dinheiro, as pessoas se acostumaram com essa possibilidade. O medo também pode ser um fato que ainda leve as pessoas a aplicarem o dinheiro na poupança, pois é um investimento seguro, com risco quase zero e que permite saques a qualquer momento.
Qual é o rendimento da poupança?
A alta na taxa básica da Selic nos últimos meses pode oferecer um cenário melhor para a rentabilidade da poupança que há meses vem perdendo para a inflação. A aplicação vai render agora 0,16% ao mês e 1,93% ao ano, segundo cálculos da Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac). Antes, o rendimento estava em 0,12% ao mês e 1,4% ao ano.
O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) elevou a taxa básica de juros da economia brasileira de 2% para 2,75% – o primeiro aumento da taxa Selic desde 2015.
Pela regra em vigor desde 2012, quando a Selic está abaixo de 8,5% a correção anual da caderneta de poupança é limitada a um percentual equivalente a 70% dos juros básicos mais a Taxa Referencial (TR, que está em zero desde 2017).
Uma informação importante para quem ainda deseja investir na poupança é que os rendimentos da caderneta de poupança são isentos de pagamento de imposto de renda e de taxas de administração.
A remuneração dos depósitos feitos na poupança ocorre a cada mês – no dia de aniversário de seu depósito. Ou seja, em aplicações feitas em dias diferentes, o investidor terá o acréscimo de saldo em datas variadas.
Ademais, em alguns casos é necessário resgatar valores que foram depositados há menos de um mês, pois os juros do último mês podem ainda não terem sido creditados. Ou seja, se o investidor sacar a quantia um dia antes do aniversário do depósito, não terá direito a nenhum dia de juros. Afinal, o rendimento não se dá de forma diária, mas apenas quando se completa um mês.
Calculadora do cidadão: simulador do Banco Central de rendimento da poupança
Graças ao avanço da tecnologia, a mesma medida em que os tipos de investimento foram evoluindo, as simulações dos rendimentos também passaram a oferecer aos poupadores a possibilidade de saber o quanto ganhariam com determinado investimento.
Isto porque as instituições que oferecem a simulação estão disponíveis a um clique ou de forma mais acessível em uma simples busca pela internet. Por meio dos simuladores online é possível corrigir qualquer valor passado pelos rendimentos da poupança nos últimos anos.
A correção pela poupança pode considerar a regra de remuneração antes e depois de 2012. Os resultados são confiáveis, já que são oferecidos pela Calculadora do Cidadão do próprio Banco Central.
A correção pela poupança pode considerar a regra de remuneração antes e depois e é oferecida pela Calculadora do Cidadão do próprio Banco Central no simulador de poupança que calcula os rendimentos da mesma.
Rendimento da poupança em 2021
Para o fim de 2021, economistas e especialistas da área esperam uma Selic entre 3,00% e 6,00% ao ano, porém, mesmo com o aumento, a poupança ainda perde do Tesouro Selic, por exemplo.
Em uma hipótese, se a Selic for a 5%, o Tesouro Selic vai pagar 5% e a poupança 3,5%. Já se a Selic passar de 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% ao mês, ou seja, investir na poupança, apesar de seguro, continua oferecendo um baixo retorno aos investidores.
Entretanto, é preferível que o investidor mantenha o dinheiro na poupança, que oferece risco quase zero, do que deixar o dinheiro parado em uma conta que não possibilite o mínimo retorno.
Mas, no geral, não vale a pena investir na poupança – se a pretensão é investir, conhecer outras possibilidades e instituições que também são seguras pode ser uma boa medida de retorno/lucro.
Rendimento da poupança frente a outros modelos de conta bancária
Apesar de ser a primeira modalidade de investimento no Brasil e a mais procurada pelas pessoas, principalmente, por quem tem pouco dinheiro, existem outras formas de investimento e contas com rendimento que também oferecem facilidade, comodidade, segurança e retorno mais alto.
Em alguns casos, as instituições oferecem modos de guardar o dinheiro separado dos valores que deseja usar no dia a dia e, ainda, que podem render 100% do CDI. Existem também, modalidades de investimento que não exigem um valor mínimo de aplicação e, os que possuem, não são tão altos, como o Tesouro Direto, por exemplo.
Esse investimento fica em torno dos R$ 30,00, dependendo do título. Ele também é um investimento considerado seguro e sua rentabilidade é maior que a da poupança.
Como funciona o rendimento do dinheiro aplicado em contas de bancos digitais?
Em geral, as contas digitais são remuneradas em 100% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), em torno de 1,9% ao ano. Esse valor é maior que o pago pela poupança no momento, de 70% da taxa Selic (hoje em 2% ao ano). Com a inflação em 4,56%, a remuneração real acaba sendo negativa.
Um grande diferencial é que muitas dessas instituições oferecem rendimento diário, enquanto a poupança oferece apenas no aniversário, ou seja, a cada 30 dias. Além disso, grande parte dessas contas possui a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Créditos), que é a mesma da poupança.
Outras deixam os recursos aplicados no Tesouro Direto, que tem a garantia do próprio tesouro nacional.
Mas afinal, vale a pena deixar dinheiro guardado na poupança em 2021?
Muitos ainda optam por deixar dinheiro guardado na poupança pela praticidade que o investimento oferece, entretanto, o rendimento real é quase zero ou, dependendo da inflação, corre-se o risco de ser negativo.
A forma mais popular do país tem caído em desuso diante de tantas outras possibilidades de instituições no mercado que oferecem tamanha praticidade quanto a da poupança. Para definir se esta é a melhor forma de investimento, é preciso ter em mente que a Selic influencia diretamente na rentabilidade da maioria dos investimentos de renda fixa.
Se avaliar que a poupança é vantajosa se o investidor retirar o dinheiro apenas na data do aniversário, é preciso também avaliar o desempenho da inflação neste mesmo período. Ao descontar o efeito da inflação sobre a rentabilidade, o lucro real da poupança pode até mesmo ser negativo.
Para alguns especialistas, o investimento na poupança possui desvantagens como: baixa rentabilidade, retorno é obtido apenas se respeitar a ‘’data de aniversário’’ da aplicação e é incompatível com a inflação.
Porém, para outras, a poupança pode até se tornar uma opção viável, ainda mais se tratando de investidores iniciantes.
Rendimento da poupança versus inflação
A poupança, pela regra, rende atualmente 70% da Selic, a taxa de referência do país, que está atualmente em 2% ao ano. Com isso, a remuneração anual da caderneta está em 1,4%, ou 0,11% ao mês – o que significa que sempre que a inflação passar disso (e ela quase sempre passa), o rendimento real terá sido negativo.
Ao passo que a poupança rende menos a cada ano de acordo com a inflação, isso se torna um problema para os investidores que mantêm os recursos aplicados na caderneta. Essa redução no retorno, pode levá-lo à diminuição do poder de compra, uma vez que a maioria do investimento na poupança é destinado ao setor imobiliário.
Poupança e inflação têm uma relação delicada que é diretamente afetada pela queda de juros no país. Ou seja, quando os juros caem, os rendimentos de todos os investimentos de renda fixa despencam junto com a Selic.
Porém, a caderneta de poupança é a que mais sofre com essa situação, pois outros produtos como títulos públicos e CDBs ainda pagam porcentagens maiores da Selic e CDI (taxa interbancária que segue de perto a Selic), por exemplo. Em setembro de 2020, por exemplo, o rendimento de 1,4% ao ano da poupança resulta em um retorno real negativo de -0,37% para o investidor.
Aplicações com a segurança da poupança e rendimentos mais atraentes
Algumas aplicações podem ser mais seguras que outras quando o assunto é a poupança e rendimentos mais atraentes. Portanto, antes de realizar um investimento opte por responder algumas questões importantes, entre elas, o quanto deseja ganhar e qual objetivo, qual o prazo para atingir a meta e qual o nível de risco aceitável.
Com essas respostas é possível definir o tipo de investidor e quais os riscos está disposto a correr e, também, qual o prazo esperado para o retorno dos rendimentos. Sendo assim, fica mais tranquilo decidir entre as opções com a mesma segurança da poupança. Entre elas:
- CDB (Certificado de Depósito Bancário): título que os bancos emitem para capitalizar. É o tipo de investimento que a pessoa física empresta dinheiro ao banco por um determinado período;
- Tesouro Direto: um investimento em renda fixa que capta recursos para financiar atividades do Governo Federal como Saúde, Educação e Infraestrutura. Como o CDB, essa aplicação financeira é um empréstimo na sua raiz. Com Tesouro Direto, você empresta seu dinheiro ao governo;
- LCI e LCA: Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), que são ativos emitidos pelos bancos. Os dois produtos financeiros são de renda fixa. Ao pensar em qual delas investir, é bom optar pela que estiver oferecendo maior rentabilidade;
- Fundos Multimercados: categoria específica de fundos de investimentos que negociam ativos variados como ações, opções de renda fixa e moedas estrangeiras;
- Fundos DI: também conhecido como Fundo de Renda Fixa Referenciados em DI, são fundos que buscam acompanhar a taxa DI (CDI – Certificado de Depósito Interbancário) e investem 95%, no mínimo, de seu patrimônio em Títulos Públicos atrelados à SELIC, a taxa básica de juros;
- Fundos de Ações: fundos de investimento que levam em conta a variação dos preços das ações. Quem investe no Fundo de Ações, que trabalha com ativos de renda variável, recebe os mesmos benefícios de quem investe numa ação de empresa. Ou seja, tem direito a receber dividendos, por exemplo.
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Conclusão
Como visto, a poupança apresenta vantagens e desvantagens em seu uso, seja na segurança ou no baixo rendimento. Porém, mostramos como é possível encontrar alternativas com benefícios parecidos como segurança, praticidade e melhor rentabilidade.
Vale lembrar que, em diferentes cenários econômicos, a caderneta apresentou rendimentos negativos. Ou seja, que faziam o dinheiro aplicado perder para a inflação e, na prática, valer menos — mesmo depois dos rendimentos.
Portanto, conhecer outras opções de investimentos e considerar as próprias vantagens de cada um pode ser uma atitude que impactará diretamente no retorno do rendimento.
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