O que é FIC? Entenda como funciona, vantagens e como investir
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janeiro 6, 2022Você sabe o que é o fundo FIA? Pois bem, se acaso você se interessa por investimentos, é bem provável que já tenha ouvido falar a respeito dessa sigla.
Estamos falando de uma opção muito útil para quem deseja investir bem. Mas que, como qualquer outra, requer conhecimento e atenção por parte de quem deseja investir.
Ao longo deste artigo, então, vamos lhe explicar tudo sobre o FIA. Você vai conhecer as suas principais características, assim como ele funciona, as suas categorias e as suas vantagens.
E então, vamos lá?!
O que é um fundo FIA (Fundo de Investimentos em Ações)?
Se você não o conhece, saiba que FIA é a sigla para Fundo de Investimento em Ações. Trata-se, de modo geral, de uma oportunidade para quem deseja aproveitar um potencial de lucro maior.
O FIA nada mais é do que uma modalidade que lhe permite investir em papéis da bolsa valores, mas sem a necessidade de comprar os ativos de modo direto. Isso só ocorre porque quem está à frente das operações é um gestor profissional, com experiência e perícia no assunto.
Desse modo, portanto, o investidor não precisa se preocupar em executar a avaliação ou mesmo o investimento por si só.
Ao invés disso, o gestor profissional toma as decisões e segue a estratégia que o fundo prevê, já que possui capacitação para isso. Ou seja, esse gestor é o responsável por fazer a seleção de ativos.
Características de um fundo FIA
Antes de optar por investir no fundo FIA, você precisa conhecer as suas principais características. E é sobre elas que vamos falar ao longo deste tópico.
Em primeiro lugar, saiba que há riscos a se considerar. Há variação dos preços e das ações, o que demanda do gestor muita experiência e eficiência para operar com segurança.
Há um outro aspecto que merece atenção, da mesma maneira. Trata-se da falta de autonomia, tendo em vista que o investidor não pode alterar a sua estratégia de investimento, já que o gestor as define.
Existe também um terceiro risco, a liquidez do fundo. Ela pode ser um problema caso um investimento precise do dinheiro rapidamente, já que a maior parte dos fundos não conta com liquidez D+0.
Em relação aos custos, ao FIA incidem a taxa de administração e a taxa de performance. Para quem não sabe, a primeira serve para remunerar o gestor, enquanto a segunda surge caso o fundo supere as suas estimativas.
Além disso, o FIA se divide em dois tipos: por sua gestão e por sua estratégia. Quando falamos na classificação pela gestão, estamos nos referindo à forma como ele é gerenciado, se ativa ou passiva.
Na ativa, busca-se superar um índice de referência, enquanto na passiva o objetivo é reproduzir o desempenho de um indicador da renda variável.
Na classificação por estratégia, no entanto, há subdivisões (valor e crescimento, setoriais, dividendos, small caps, sustentabilidade e livre)do fundo, decorrentes da gestão ativa.
Como funciona um fundo FIA?
Você, por acaso, já ouviu falar das expressões “condomínio aberto” e “condomínio fechado”? Pois bem, o termo “condomínio” se refere ao modo como a operação do fundo FIA se dá.
“Mas porque condomínio?”, você pode perguntar. Bem, a palavra foi apropriada pelo fato de que, no FIA, um grupo de pessoas se reúnem, com o interesse em um investimento, compartilhando os custos e os resultados das operações.
Vale lembrar, do mesmo modo, que os FIAs não são negociados na bolsa de valores, embora eles estejam atentos aos ativos da bolsa em seu portfólio. Os FIAs, então, estão em plataformas de bancos de investimentos.
Condomínio aberto
Quando há condomínio aberto, o investidor é capaz de comprar cotas e até mesmo solicitar o resgate a qualquer momento.
Além disso, novos cotistas podem entrar, assim como os antigos cotistas podem tanto sair, quanto aumentar as suas participações por meio de novos investimentos.
Trata-se, portanto, de um modelo de funcionamento mais fluido.
Condomínio fechado
O condomínio fechado, por sua vez, se caracteriza pelo oposto do condomínio aberto. Ou seja, nele só pode haver o resgate das cotas quando o prazo de duração do fundo FIA chega ao fim. Ou, é claro, se ele for liquidado.
Como você pode perceber, então, o condomínio fechado consiste em um modelo de funcionamento mais rígido, ideal para quem não tem muita pressa.
Quais são as vantagens do investimento em fundo FIA?
Podemos dizer que, ao optar por investir em um fundo FIA, você vai encontrar algumas boas vantagens. Afinal, não é por acaso que as pessoas valorizam esse tipo de investimento.
Desse modo, portanto, talvez o principal trunfo do FIA esteja no fato de que a responsabilidade de gerir o fundo pertence a um profissional.
Ao estar por conta de acompanhar, todos os dias, o mercado de ações e, assim, ir em busca dos ativos que revelam possibilidades de ganho interessantes, ele tira um peso das costas do investidor.
Ou seja, nada de dor de cabeça!
Além disso, os FIAs apresentam uma outra grande vantagem. Seus preços, felizmente, tendem a ser mais acessíveis, o que permite a mais pessoas a possibilidade de investir.
Isso quer dizer, então, que investir em um fundo FIA é muito mais barato do que investir por conta própria, o que se torna ainda mais evidente se acaso o investidor conta com um portfólio diversificado.
Mas por quê? Bem, no FIA, o investidor não precisa comprar as ações uma a uma e arcar com os custos que cada uma possui. Bacana, não é mesmo?
E não acaba por aí! Devido ao grande número de investidores, os cotistas, no FIA os custos operacionais são menores do que os custos que um investidor encontra ao investir por conta própria.
Por fim, o FIA ainda lhe permite resgatar as cotas ou mesmo negociá-las no mercado secundário, em caso de condomínio aberto. No entanto, se acaso você estiver em um condomínio fechado, é possível vender ao mercado secundário, se for preciso se desfazer da posição.
Quais são as categorias de fundo FIA
Engana-se quem pensa que todo Fundo de Investimento em Ações é igual. Na verdade, há categorias que os dividem, de acordo com as suas características.
Você vai conhecer essas categorias a seguir!
Indexado
Os Fundos de Investimento em Ações indexados são aqueles que não dão muita liberdade aos seus gestores. Isso porque eles buscam reproduzir os indicadores de referência do mercado de renda variável.
O índice de referência mais comum, aliás, é o Ibovespa. No entanto, pode ser que seja outro, como o IBrX-100, por exemplo.
De todo modo, portanto, a decisão pelo indicador de referência pertence ao gestor que administra o FIA. Vale lembrar, no entanto, que os recursos que restam do FIA precisam ser investidos em cotas de fundos de renda fixa, com duração baixa, ou em outros ativos.
Ativo
Se os FIAs indexados buscam replicar um índice de referência, como a Ibovespa, os FIAs ativos se propõem a superar um índice de referência. Vale lembrar, então, que uma estratégia para que o fundo complete o seu objetivo, com base em sua política de investimentos, é a base para a seleção dos ativos que compõem a carteira.
Essa política, aliás, está no regulamento do fundo, documento que revela tudo sobre o FIA e que todo fundo deve divulgar ao captar investimentos. No entanto, há outros documentos que os FIAs devem divulgar.
O termo de adesão, por exemplo, é um contrato que o investidor assina para garantir que está ciente dos riscos, assim como da política do fundo. A lâmina de informações essenciais, por sua vez, conta com as informações mais importantes sobre o FIA.
O formulário de informações complementares possui os dados que podem ou não estar no regulamento do fundo, enquanto o relatório mensal possui os dados que se referem à composição setorial do FIA, bem como o crescimento do patrimônio líquido e mais.
Investimento no exterior
Chegou o momento de falar sobre a categoria de investimentos no exterior. Nesse caso, os FIAs devem contar com pelo menos 40% investidos em ações fora do país.
Se já não bastasse, o fundo precisa divulgar uma série de dados a respeito dos tipos de ativos que pretende investir no exterior. Um desses dados é a região geográfica em que os ativos foram emitidos.
Do mesmo modo, o FIA deve revelar se a gestão é ativa ou passiva. Além disso, é preciso informar se a compra de cotas de fundos e veículos de investimento no exterior.
Por fim, cada FIA deve divulgar qual o risco em seus investimentos. Vale lembrar ainda que, em geral, os fundos com investimento no exterior se destinam a investidores mais experientes, com bagagem e qualificação.
Específico
Por fim, uma última categoria dos Fundos de Investimento em Ações. Trata-se, então, dos específicos. Os FIAs específicos consistem em fundos que se diferenciam das demais categorias sobre as quais já falamos.
Ou seja, ele possui características específicas, não se encaixando em nenhuma das categorias anteriores. Essa categoria, aliás, conta com subclassificações.
Os fundos fechados de ações funcionam no modelo de condomínio fechado. Ou seja, o investidor deve permanecer até a liquidação do FIA, que possui liquidez reduzida.
Já os fundos de ações FMP-FGTS permitem ao investidor o uso de recursos do seu FGTS. No entanto, os recursos se destinam a ações de empresas estatais que foram privatizadas, como a Petrobras e a Vale.
Por fim, os fundos de mono-ação possuem apenas uma ação. Simples, não?
Como é regulamentado um fundo FIA?
A regulamentação dos fundos de investimentos ocorreu em 2019, por meio da Lei nº 13.874, a “Lei da Liberdade Econômica”. A legislação inclui quatro artigos ao Código Civil de 2002.
A lei define que um fundo de investimentos é uma comunhão de recursos. Ou seja, ele se constitui como uma forma de condomínio especial, que busca aplicar ativos financeiros, assim como bens e direitos diversos.
Além disso, há uma série de regras em relação ao FIA. O regulamento de cada um pode prever a possibilidade da parcela investida em ações, assim como em ativos que não se submetem ao limite por emissor.
De todo modo, 67% do patrimônio deve ser investido em ativos diversos. Entre elas, ações listadas na bolsa de valores B3; cotas de fundos de ações e de fundos de índice de ações; certificados de depósitos em ações, assim como recibos de subscrição de ações ou bônus; e BDRs, os Brazilian Depositary Receipts.
Como utilizar os recursos do FIA?
Os recursos excedentes dos FIAs precisam respeitar os limites de concentração de fundos, cuja definição é da Comissão de Valores Mobiliários. No entanto, eles podem ser investidos em outros ativos financeiros.
Há ativos com limites diferentes, de no máximo 5% e no máximo 20%, em conjunto. Do mesmo modo, há investimentos que não contam com limite de concentração.
Como é a tributação de um investimento em fundo FIA?
Pois bem, chegou o momento de falar sobre um assunto um tanto azedo: a tributação. Mas, convenhamos, não dá para pularmos esse tópico, não é?
Pois bem, saiba que dois tributos incidem sobre os FIAs, o Imposto de Renda (IR) e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
O Imposto de Renda, como opróprio nome já diz, é um índice sobre a rentabilidade do FIA. Ou seja, se ao longo de um ano o fundo tiver rendido 10%, então é sobre esse percentual que se aplica o famoso tributo. Lembre-se também: a alíquota é cobrada na fonte, de 15%.
O Imposto sobre Operações Financeiras, por sua vez, incide apenas sobre os resgates feitos nos primeiros 29 dias, contando a partir da aplicação. A alíquota nesse caso, então, varia entre 96% e 0%, a depender do prazo.
Além disso, vale lembrar que, nos FIAs, a cobrança do Imposto de Renda só ocorre no momento do resgate das cotas. Ou seja, é diferente dos fundos de renda fixa, assim como dos multimercados, tendo em vista que a cobrança de Imposto de Renda nesses casos é semestral, através do “come-cotas”.
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Conclusão
Sem dúvida alguma, os Fundos de Investimento em Ações são uma ótima opção para quem deseja diversificar a sua carteira de investimentos.
Prática, a opção oferece uma série de vantagens a diversos perfis de investidores, dos novatos aos mais experientes.
Como estamos falando de uma alternativa de investimento com mais de uma categoria, cabe a você decidir pela que melhor se adequa ao seu perfil. Por isso, é muito importante pesquisar, com cuidado, sobre o FIA antes de investir!
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