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janeiro 14, 2021Este talvez tenha sido o ano em que mais se discutiu a economia no país. A crise financeira da maioria da população, em partes imposta pela pandemia do novo Coronavírus, em outras, pela crise já estabelecida antes de 2020.
O fato é que as pessoas têm buscado maneiras de driblar as dificuldades e encontrar, de alguma forma, um método de investir o dinheiro que ainda lhes resta.
Diante de tantas opções no mercado, uma delas surge como uma luz no fim do túnel: as Fintechs de crédito. Esta modalidade é composta por empresas do setor financeiro que vêm conquistando os consumidores pela praticidade, rapidez e com as menores taxas do mercado para você expandir o seu negócio.
Em meados deste ano, o Banco Central autorizou o funcionamento de 30 fintechs no setor de crédito desde novembro de 2018, logo após a criação das normas para regular esse segmento.
Das 30 fintechs autorizadas a funcionar, 24 são Sociedade de Crédito Direto (SCD) e seis são Sociedades de Empréstimo entre Pessoas (SEP). Se comparadas as autorizações dessas duas categorias de janeiro a junho, foram 7 em 2019 ante 13 neste ano.
As autorizações ocorreram também para estimular o acesso de pequenas e médias empresas ao crédito. A proposta das fintechs é oferecer taxas mais baixas para quem tem mais condições de pagamento e acesso a créditos para quem não tem.
Segundo a Associação Brasileira de Fintechs (Abfintechs), atualmente, o Brasil conta com mais de 100 fintechs de crédito, que representam 20% do total de fintechs no país. Com a crise econômica, as financiadoras enfrentam um desafio: ter dinheiro suficiente para emprestar e lidar com o risco de inadimplência, outro problema decorrente da pandemia.
O crescimento acelerado das fintechs tem chamado a atenção do segmento bancário que optou, em algumas ocasiões, por flexibilizar seus serviços e, ainda, passou a incorporar na oferta de serviços os padrões de acesso, custos e estrutura operacional baseados nos das fintechs.
Algumas instituições passaram a incorporar o formato de banco digital, integrando as novas tecnologias de acesso, transmissão, processamento e armazenamento de dados e de processos de gestão das contas dando autonomia parcial aos clientes.
Talvez esta seja uma tendência de toda a rede bancária no futuro, visto o crescimento das fintechs e a adesão em massa pela população, ou seja, bem possível que futuramente os bancos passem a gerir as contas com menos burocracia, assim como segue a filosofia das fintechs.
O que são as Fintechs de crédito?
Fintechs de crédito são empresas do setor financeiro que vem ganhando adeptos principalmente pela crise econômica deste ano por oferecer praticidade, rapidez e com as menores taxas do mercado para você expandir o seu negócio.
Estas empresas são responsáveis por facilitar investimentos e empréstimos por meio de processos digitais e promover uma nova forma de operar no mercado financeiro. A palavra é a junção de dois termos em inglês: finance (finanças) e technology (tecnologia). Elas são startups ou empresas que focam no desenvolvimento de produtos e serviços financeiros 100% digitais.
O objetivo de cada uma delas é oferecer crédito fácil, sem as burocracias bancárias, por exemplo, e de forma digital com taxas menores que as do mercado. Esta oferta é possível por conta do baixo custo que as empresas possuem, ou seja, pouca estrutura física e equipe reduzida.
O que torna possível este tipo de operação para as fintechs é a agilidade na distribuição de recursos que já nascem digitais sem, necessariamente, uma estrutura física para realizar suas operações e, portanto, conseguem adotar formatos menos burocráticos, com condições específicas para cada tipo de consumidor.
O surgimento das Fintechs de crédito no Brasil
A nomenclatura surgiu pela junção das palavras finance e technology, em inglês, e nasce com o intuito de usar soluções digitais para explorar novos serviços, produtos no mercado e alcançar pessoas que possuem poder aquisitivo considerável para efetuar pagamentos e adquirir empréstimos.
As primeiras fintechs surgiram no país em 2013, com modelos inovadores, de baixo custo e com distribuição digital, totalmente focadas em reformular a experiência do cliente. Tamanha expansão da quantidade de empresas com este foco, fez surgir também a ABFintech, uma associação criada para representar e atender às demandas destas empresas.
Atualmente, mais de 30 Fintechs estão autorizadas pelo Banco Central a operar no país, sendo 24 Sociedades de Crédito Direto (SCD) e 6 Sociedades de Empréstimo entre Pessoas (SEP).
As Fintechs de crédito são uma instituição financeira?
O Brasil lidera o ranking latino americano com o maior número de empresas desse tipo e esse avanço considerável no surgimento de fintechs tem causado confusão na população. Apesar de parecer, as fintechs não são consideradas uma instituição financeira.
Há diferenças na atuação entre elas, pois apesar de fazerem parte de um mesmo grupo econômico, trabalham com públicos distintos e, além disso, os serviços oferecidos também variam de acordo com a classificação e hierarquia no Sistema Financeiro Nacional.
Na prática, a Instituição Financeira (IF) é aquela que atua como intermediadora entre o cliente e algum tipo de transação, entre eles, a aquisição de um empréstimo, financiamento ou investimentos. Entram nesta categoria de IFs as corretoras de valores, os bancos de investimentos e os bancos múltiplos.
Já as Fintechs, são instituições que trabalham com sistemas de pagamento e oferecem serviços de compra, venda e movimentação de recursos voltados para pagamentos. Por sua vez, elas não oferecem empréstimos ou financiamentos aos seus clientes.
Ou seja, as fintechs, enquadradas no grupo de Instituições de Pagamento (IP), possibilitam a realização de pagamentos sem que o usuário tenha um relacionamento com instituições bancárias.
De forma geral, elas oferecem alguns serviços específicos:
- saque ou aporte de recursos financeiros mantidos em conta de pagamento;
- gerenciamento de uma conta de pagamento;
- viabilizar ou executar instrução de pagamento;
- efetuar remessa de fundos;
- converter moeda física em eletrônica;
- credenciar ou gerir moeda eletrônica;
- pagar benefícios de colaboradores etc.
Como funcionam as Fintechs de crédito?
Atuando com juros menores, as Fintechs oferecem o mesmo processo de uma instituição financeira, porém, sem vínculo com uma instituição bancária, ou seja, as fintechs de crédito irão exigir alguns pré-requisitos para que a operação seja aprovada, garantindo que o cliente tenha condição de pagar as parcelas.
Cada fintech possui uma lista de pré-requisitos para a liberação do dinheiro, dependendo de cada uma, pode ser avaliado o faturamento anual, possuir tempo de operação, ter realizado empréstimos de valores variados e, em quase todas elas, não possuir pendências ou negativações.
O processo é 100% online, o que torna a transação pouco segura e passível de que pessoas físicas ou empreendedores sejam vítimas de fraudes. Apesar de sólida no mercado e as taxas serem atrativas, dependendo do processo, isto ainda é considerado um risco.
Antes de entrar em contato com uma fintech é preciso avaliar sua posição no mercado e checar informações importantes como CNPJ válido, cobrança de taxas antecipadas, entre outras, o que irá garantir a regularidade da fintech e a segurança da transação.
Estratégias das Fintechs de crédito
Como pode se perceber, é sabido que as possibilidades de serviços oferecidos por uma fintech são inúmeras. Por detrás delas está uma instituição de pagamento gerenciando essas movimentações de capital.
A inovação da estratégia das fintechs está justamente em oferecer um processo rápido, 100% on-line e feito com taxas reduzidas, o atrativo de cada uma delas para conquistar os consumidores.
As fintechs se utilizam da tecnologia para oferecer mais praticidade, privacidade e velocidade nas transações porque os clientes podem fazer as movimentações em poucos cliques de um dispositivo móvel via celular, por exemplo.
É possível apontar as fintechs como agências bancárias virtuais, pois em um único ambiente é permitido pagar contas, usar linhas de crédito e ainda retirar dinheiro em caixas eletrônicos e, ainda, criar contas correntes.
Vantagens de optar por obter crédito para sua empresa por meio de uma Fintech
Podemos considerar as Fintechs como uma agência bancária virtual, claro, que com algumas limitações e menos concessões do que uma agência real, porém, estas empresas ajudam os consumidores a ter um atendimento especializado de acordo com a sua condição financeira atual.
Elas possibilitam ao cliente ter acesso a uma conta bancária 100% digital, podendo fazer pagamentos, transferências e recebimentos e, ainda, se deleitar com algumas vantagens. Entre elas:
-Acessibilidade ao público: as linhas de crédito estão a um clique de distância do consumidor
– Rapidez nos processos: nas fintechs é possível fazer pagamentos e compras de maneira fácil por meio dos dispositivos móveis e ainda podem controlar sua conta de forma online
– Custos menores: por não possuírem uma estrutura física, conseguem oferecer taxas menores aos clientes e, algumas das transações não possuem taxa
– Menos burocracia: por serem empresas voltadas para a inovação tecnológica, possuem plataformas de automação e administração em ambientes digitais. Com a tecnologia, as fintechs não exigem assinatura em papéis, pois usa o meio eletrônico para isso
Quais são as melhores fintechs de crédito para empresas no Brasil?
Em alta no país, as fintechs têm se destacado no cenário econômico por sua praticidade e preço competitivo e acessível ao público. Atualmente, algumas empresas têm se destacado neste mercado que só tende a crescer diante da crise econômica:
- Nubank: nascida em 2014, inicialmente, a proposta da empresa era mais simples, mas com os anos foi crescendo e passou a oferecer duas grandes vantagens – um cartão de crédito sem anuidade e taxas reduzidas. Atualmente oferece um repertório ainda maior de serviços, entre eles, contas correntes 100% digitais, sem gerentes e opções de aplicações financeiras
- Guiabolso: surgiu como um aplicativo para organizar as finanças pessoais dos seus usuários. Em 2015, por exemplo, mais de um milhão de pessoas já haviam aderido à ideia da fintech.
- QuintoAndar: tem oferecido algo interessante para os interessados no mercado imobiliário: transações menos burocráticas, mais ágeis e igualmente seguras.
- Méliuz: pioneira no conceito cashback no país atua oferecendo para cada compra dos clientes feita em lojas parceiras, uma porcentagem é devolvida em crédito que pode ser usado em futuras compras.
A edição 2019 da Pesquisa Fintech Deep Dive, feita pela consultoria PwC em parceria com a ABFintechs, utilizou o perfil de 205 empresas pesquisadas para definir o cenário geral desse ramo no Brasil.
De acordo com o levantamento, 62% das companhias estão em início de operação, com clientes com faturamento abaixo de R$ 5 milhões. Do total de empresas pesquisadas, quase metade conta com, no máximo, 10 funcionários, sendo que 47% não receberam investimento e 43% apontam a dificuldade de obter recursos como principal barreira à gestão de negócios.
Fintech de crédito imobiliário: Vangardi Investimentos
A Vangardi Investimentos está presente no mercado contribuindo para a saúde financeira dos seus clientes após anos de estudo e desenvolvimento das melhores opções e plataformas baseadas na inovação tecnológica.
Atualmente oferece uma gama de serviços focados em revolucionar o mercado imobiliário, contatando investidores de todo o país para melhorar, cada vez mais, o formato de investimentos.
Com uma equipe completa e multidisciplinar procura usar a tecnologia em suas transações e garantir praticidade e comodidade aos clientes para que possam investir o seu dinheiro de forma rápida e segura.
Com algumas precauções bem simples é possível aproveitar bem os seus benefícios e trazer muito mais agilidade para o dia a dia. Conheça a Vangardi, a fintech que vai mudar sua forma de investir!
Outras Fintechs de crédito
Muitas fintechs têm surgido ao longo dos anos e, com isso, quem ganha são os clientes que podem usufruir da competitividade entre elas e da oferta de cada uma, avaliando os serviços que melhor se encaixam no bolso e nas necessidades financeiras.
Alguns destes serviços, até pouco tempo atrás, eram inacessíveis e as pessoas ficavam reféns das taxas – em alguns casos, abusivas, dos bancos e, na maioria delas, de difícil compreensão para o público em geral.
A competitividade entre elas faz também surgir novas fintechs no mercado. Algumas mais recentes já estão oferecendo serviços exclusivos para conquistar seus consumidores, entre elas:
- Toro Investimentos: no começo a empresa focava na educação financeira dos clientes, mas com o passar do tempo entrou para a área de corretagem e estimulou o mercado investidor, abrindo as portas para quem gostaria de ingressar neste segmento
- Bidu: a empresa se propõe a fazer o comparativo de serviços de seguro como automóveis, residenciais e de saúde.
- Creditas: Empréstimos com taxas baixas praticadas: esse é o principal lema da Creditas, que tem crescido como uma das principais fintechs do Brasil.
- PicPay: é um aplicativo de pagamento que ajuda o usuário a lidar com as suas transações diretamente por meio desse tipo de serviço. Assim, adquire segurança para transações em tempo real e on-line, além de conseguir acumular créditos, transferindo para a sua conta bancária.
Este ano, especificamente, os negócios das fintechs deram um up no mercado financeiro justamente pela aquisição de recursos em empresas que atuam em áreas que conectam pessoas à oferta de recursos.
Um bom exemplo disto, é a brasileira a55 que em maio recebeu o investimento de US$ 7 milhões do fundo de capital Santander InnoVentures, o quarto aporte feito na América Latina. Já a BizCapital, fintech de crédito online para micro e pequenas empresas, captou R$ 65 milhões em uma nova rodada de investimentos.
A XP, por sua vez, garantiu a participação majoritária na fintech Antecipa, criada em 2015 e residente do Cubo, centro de inovação do Itaú Unibanco, para proporcionar a possibilidade de financiamento entre empresas.
Conclusão
O mundo passa por diversas mudanças e 2020 chegou para provar que as transformações acontecem dia a dia ao passo que as tecnologias também se transformam. A presença cada vez mais forte de processos automatizados é a prova dessa evolução.
Com a chegada da pandemia imposta pelo novo Coronavírus, em março deste ano, muitas empresas precisaram se reinventar e passaram a oferecer mais serviços à população, automatizar seus processos e entraram no mercado para competir com suas ferramentas.
Em alta no país, as Fintechs pegou carona nessa onda tecnológica e passou a conquistar consumidores que estavam de olho em segurar o capital, realizando investimentos mais seguros e rentáveis.
E a proposta deste segmento era exatamente esta: oferecer soluções práticas e confiáveis, e mais acessíveis. Com isto, os clientes passaram a ter nas mãos o poder de argumentação, tendo por um clique investimentos menos burocráticos e simples.
O crescimento das fintechs foi rápido e, influenciado por novas regulamentações, somente entre 2014 e 2018 surgiram 503 fintechs e até setembro de 2020 somam mais de 800 fintechs atuando no Brasil, segundo dados do estudo Inside Fintech da consultoria de inovação aberta Distrito. Com isso, a forma como essas empresas se relacionam no mercado também foi mudando.
Por sua vez, com o amadurecimento do mercado, os bancos também passaram a mudar suas operações e entrar na briga pelos consumidores e passaram a desenvolver estratégias e alguns serviços específicos para determinado nicho de clientes. Algumas instituições se filiaram ou tornaram-se parceiras dessas fintechs e passaram a oferecer juntas serviços completos. Com isto, essa parceria se tornou benéfica a todos.