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outubro 22, 2020Todos nós sabemos que para fazer bons negócios é preciso entender os indicadores imobiliários e a relação entre o mercado e a sociedade.
Então, é sobre isso que vamos falar neste artigo: o que são índices imobiliários e qual importância que esses indicadores têm para os investidores?
Com alguns dados em mãos, fica mais fácil tomar decisões. A análise de alguns índices ajudam a ver cenários.
O que são indicadores imobiliários?
Os indicadores imobiliários têm informações numéricas, usadas pelo mercado para fazer entender cenários.
Então, os indicadores podem ser próprios ou públicos, como:
- Taxa Selic;
- Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M);
- Custo Unitário Básico da Construção Civil (CUB/m²);
- Índice Nacional de Custo da Construção (INCC);
- Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), entre outros.
O Secovi, que é o Sindicato da Habitação, faz parte das entidades que coleta dados para fazer índice imobiliário próprio. O setor de economia produz seus próprios indicadores.
Então, ele publica, mensalmente, o Índice de Custos Condominiais (ICON), a Pesquisa do Mercado Imobiliário (PMI) e a Pesquisa Mensal de Locação Residencial.
De acordo com o sindicato, seus indicadores imobiliários ajudam a tomar decisões empresariais.
Para que servem os indicadores imobiliários?
Os indicadores imobiliários podem ser guias seguros para análise do cenário econômico.
Então, eles permitem um olhar amplo, técnico e comparativo da nossa realidade.
Esses índices servem para entender o momento do mercado imobiliário.
Ajudam governo, empresas, corretores e clientes a fazerem uma análise do cenário. E, assim, agirem da melhor forma na hora de fechar negócios.
Ou seja, para entender o mercado, suas movimentações e permitem ver futuros resultados.
Quais são os principais indicadores imobiliários?
Já sabemos que a economia é complexa, não é mesmo? E os indicadores imobiliário também. Existem dezenas deles. Então, listamos alguns para você.
IGP-M
O IGP-M – Índice Geral de Preços do Mercado é uma das três versões dos Índices Gerais de Preços, medidos pela FGV- Fundação Getúlio Vargas.
As outras duas versões são: o IGP – 10 – Índice Geral de Preços – 10 e o IGP – DI – Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna.
Este índice serve de base para o cálculo de ativos, como bens, valores, créditos e direitos. O índice mede a movimentação dos preços no mercado nacional.
Ele é um dos indicadores econômicos usados para medir a inflação. Então, o IGP-M tem como principais pontos na sua base de cálculo movimentos dos preços dos setores:
- Comércio atacadista;
- construção civil;
- Saúde;
- Transporte;
- Habitação.
Além disso, o IGP-M é usado no mercado imobiliário como um indexador de contratos de aluguéis.
Em resumo, ele é a principal referência na definição de reajustes e correções nas negociações imobiliárias, incluindo financiamentos de longo prazo.
Por exemplo, se esse indicador tiver tendência de alta, o inquilino já pode se preparar para um reajuste em seu contrato de locação ou até mesmo para uma negociação com o locador.
INCC-M
O Índice Nacional de Custo da Construção é o primeiro índice oficial da construção civil no país.
Além disso, ele é calculado pela FGV e coleta dados sobre os preços de custo da construção civil em:
- São Paulo
- Rio de Janeiro
- Belo Horizonte
- Salvador
- Recife
- Porto Alegre
- Brasília
Para imóveis em fase de construção, o INCC pode ser usado como indicador de reajuste das parcelas dos contratos.
Este índice faz parte da composição do IGP, com participação de 10% no mesmo.
Além disso, o cálculo do INCC envolve os valores de materiais, equipamentos, serviços e mão de obra.
CUB
O CUB/m² é o Custo Unitário Básico da Construção Civil e foi criado por meio da Lei Federal 4.591, de 16 de dezembro de 1964.
Ele é o indicador dos custos do setor da construção civil e é calculado mensalmente pelo Sinduscon – Sindicato da Indústria da Construção Civil.
Ou seja, este índice representa o custo parcial da obra e não considera outros custos adicionais.
O objetivo do CUB/m² é disciplinar o mercado de incorporação imobiliária, servindo como parâmetro na determinação dos custos dos imóveis.
Assim como o INCC, o CUB analisa os custos da construção civil.
Além disso, é muito usado no mercado da incorporação imobiliária para calcular os custos de uma obra.
Além disso, serve como indicador de contratos de imóveis em construção.
O cálculo é feito por meio de coleta de dados sobre os preços dos materiais.
IPCA
O IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo é o indicador de referência do sistema de metas da inflação.
Então, ele aponta a variação do custo de vida médio de famílias com renda mensal de 1 e 40 salários mínimos, em 13 áreas geográficas:
- Regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre;
- Distrito Federal;
- Goiânia;
- Campo Grande.
O IPCA é atualizado mensalmente pelo IBGE com base no SNIPC – Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor.
Além disso, ele serve como previsão da oferta e procura de um determinado produto.
Assim, são encontradas a inflação. Ou seja, quando há mais procura do que oferta.
E a deflação, quando é maior a produção do que a procura.
Tais variações afetam, diretamente, no valor da moeda nacional, deixando-a em situação de instabilidade.
Taxa SELIC
A taxa SELIC, também conhecida como Taxa Básica de Juros da Economia, é fixada pelo Banco Central do Brasil.
Esta é a maneira do órgão regularizar a situação econômica do país.
Então, é muito importante que qualquer empresa do setor imobiliário acompanhe a SELIC, porque ela está diretamente ligada a:
- Índice de taxas referentes a créditos;
- Reajustes em contratos;
A taxa Selic exerce grande influência para que possíveis compradores se interessem por obter um empréstimo ou financiamento para adquirir imóveis.
A elevação na taxa representa um menor acesso ao crédito, já que os juros se tornam maiores. Com a diminuição da SELIC, os juros caem e mais pessoas passam a se interessar por empréstimos e financiamentos.
Já em relação ao reajuste de contrato, ele terá aumento ou diminuição de preço, e isso vai gerar menor ou maior procura das pessoas por novos imóveis.
Os dois fatores influenciam também na abordagem em que as imobiliárias devem usar para realizar vendas dentro do mercado.
Quando a SELIC está em alta, é mais interessante focar em aluguel de imóvel, já que as pessoas não estão procurando por crédito.
E, caso contrário, quando a taxa estiver baixa, estas empresas deverão focar na venda de imóveis, já que as taxas de juros são interessantes para fazer financiamento.
Índice FipeZap
O Índice FipeZap de Preços de Imóveis Anunciados é um excelente instrumento para acompanhar preços de venda e aluguel de imóveis no país.
Usado por compradores, vendedores e corretores, o Fipezap é uma ferramenta gratuita, que acompanha dados de 50 cidades brasileiras.
Há alguns anos, o ZAP e a Fipe criaram o Índice FipeZap Comercial com dados de venda e locação para 10 municípios.
Além disso, é possível encontrar informações sobre o preço médio de salas e conjuntos comerciais de até 200 m² em várias cidades.
O indicador de imóveis que pode ajudar muito na busca pelo apartamento novo é o Índice Fipezap Histórico. Este índice imobiliário é trimestral.
Além disso, abrange preços anunciados na cidade de São Paulo a partir de 1965.
Qual a importância dos indicadores imobiliários?
O mercado imobiliário tem ciclos de alta e baixa. Por isso, os especialistas conseguem entender um percentual satisfatório de acertos.
Por isso, esses indicadores são importantes para nortear as decisões certas, na hora de investir.
Como o próprio nome diz, eles indicam caminhos. Porém, é preciso saber interpretá-los.
As pessoas que desejam investir em imóveis devem se manter sempre em dia sobre a movimentação do setor, que é dinâmico e pode oferecer boas oportunidades aos interessados.
Na hora de procurar um imóvel para comprar ou alugar, contar com referências confiáveis para pesquisas pode fazer toda a diferença.
O trabalho de encontrar a casa ou apartamento ideal é simples quando se tem acesso a fontes de informação ricas em conteúdo.
Como analisar os indicadores imobiliários?
Conhecer os indicadores financeiros é um importante passo para a gestão da sua empresa ou para te auxiliar.
Por isso, o conhecimento da situação econômica e financeira do mercado através dos índices, evita problemas futuros e auxilia em medidas corretivas.
Os índices têm muito a nos dizer. Eles são como pistas e podem indicar uma hipótese de tendência do mercado ou podem explicar um momento de acordo com a combinação de uma série de fatores.
A queda ou aumento nas vendas de matérias, por exemplo, pode representar um aumento na atividade econômica na construção civil. A variação dos preços irá influenciar diretamente no INCC.
Por sua vez, o INCC é um dos índices que compõem o IGP-M, usados nos reajustes de contratos de aluguéis.
Na construção civil, temos fatores que influenciam a variação dos índices, como:
- A disponibilidade de crédito no mercado;
- Preço dos materiais;
- Confiança do consumidor
- Situação política.
Existem renomados institutos como SIDRA, IBGE, FGV, CBIC que fornecem dados e análises macroeconômicas e sindicatos.
Como é o caso do Sinduscon, que fornecem indicadores regionais.
O Sidra têm informações em dia sobre estudos e pesquisas realizadas pelo IBGE.
Nele, encontramos uma base com 33 pesquisas e 600 milhões de dados. Todas as informações são gratuitas.
A FGV IBRE fornece indicadores, índices de preços, cotações de moedas, taxas de juros e índice de ações. É necessário realizar um cadastro para pesquisar os dados.
O Sinduscon, por sua vez, fornece apoio e informações regionais para toda a cadeia da construção civil, como:
- Custos de materiais de construção;
- Mão de obra;
- Legislação;
- Tecnologias;
- Entre outras informações importantes.
Além disso, cada cidade ou região, é representada por um Sinduscon, que disponibilizam o CUB da região. Eles são usados para reajuste de contratos.
CBIC
A CBIC – Câmara Brasileira da Indústria da Construção – reúne informações importantes do mercado imobiliário, indústria da construção.
Nela, você pode encontrar dados sobre os índices do mercado imobiliário.
Além disso, as instituições que divulgam os índices fazem a análise e prospectam as tendências de mercado através de periódicos, com análises de economistas, cientistas financeiros e especialistas na área.
De que forma os indicadores imobiliários influenciam no investimento do setor?
Historicamente, o mercado imobiliário tem se mostrado fortemente relacionado às condições macroeconômicas brasileiras.
Ou seja, o setor vai bem quando temos um cenário econômico positivo. Já em momentos de crise e instabilidade, ele não costuma ir tão bem.
Então, o aumento no nível de atividade da economia brasileira condiciona positivamente os investimentos. E, isso afeta significativamente o mercado imobiliário.
O patamar da taxa de juros real é um dos indicadores da economia. Ou seja, alterações na SELIC afetam diretamente as decisões de investimento, consumo e as condições de financiamento.
Por isso, quanto menor for a taxa de juros, melhor é para o setor imobiliário, porque ele depende de um amplo acesso ao crédito por parte da população.
Sendo assim, a confiança no setor imobiliário está ligada à demanda por imóveis.
Comprar uma moradia ou qualquer outro tipo de imóvel é um investimento considerado caro. Ou seja, depende diretamente do otimismo dos potenciais compradores.
Além disso, outro fator fundamental para a realização da análise é o custo e a disponibilidade de materiais, como matéria prima e mão de obra.
A variação desse custo está diretamente ligada à inflação (IPCA) e ao CUB da construção civil.
O número de empregos é o parâmetro chave para avaliar as condições de demanda no país, inclusive a demanda por imóveis.
Com a taxa básica de juros baixa, podemos observar a redução gradual do Indicador de Custo de Crédito (ICC) e o aumento das concessões de crédito.
Esses fatores influenciam diretamente na demanda por unidades imobiliárias.
Além disso, é importante ver o saldo na poupança.
Conclusão
Então, acompanhar os indicadores imobiliários e as informações dadas por instituições importantes, é essencial para que empresas tenham um bom crescimento e sobrevivam no mercado.
Para quem quer comprar imóveis, essas informações também são essenciais. Ou seja, quem está envolvido de alguma forma no setor imobiliário, não pode ficar por fora desse assunto.
Sendo assim, se você tem interesse em investir no mercado imobiliário, acesse o site da Vangardi e descubra as opções disponíveis!