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abril 1, 2022Mercado primário e mercado secundário
novembro 22, 2022A análise da taxa de juros real é essencial ao escolher um investimento. Afinal, por meio desse cálculo, é possível projetar o lucro que será obtido depois de uma aplicação e ver se compensa realizar essa transação financeira.
Nesse cálculo, são levados em conta outros fatores que podem impactar no lucro obtido ao fim do investimento, como aspectos da economia do país.
Considerando o complexo cenário político-econômico mundial, é preciso entender como funciona o mercado de investimentos, para que você não tenha prejuízos.
Ficou com dúvidas? Neste artigo, você aprende como a taxa de juros real é calculada e, assim, consegue escolher as melhores aplicações e potencializar os seus ganhos!
O que é a Taxa de Juros Real?
Em termos técnicos, a taxa de juros real é o índice nominal descontado da inflação. Ou seja, é o lucro obtido por um investimento depois que é descontada a inflação do período.
A taxa recebe o nome de real porque ela reflete o quanto de dinheiro o investidor realmente lucrou com uma aplicação financeira. E são esses valores que aumentam o patrimônio de uma pessoa, pois ela mostra que o investimento rendeu o suficiente para aumentar o poder de compra e os bens do investidor.
Qual a importância da taxa?
O cálculo é muito importante para os investidores, levando em consideração o contexto econômico do Brasil e do mundo atualmente. Com o dólar e a inflação em patamares altos, é preciso que outras contas sejam feitas antes de contratar uma aplicação, especialmente a taxa de juros real.
O principal motivo disso é a inconstância na economia brasileira, que reflete a apreensão dos investidores, principalmente estrangeiros, em relação à política econômica do país.
Como exemplos disso estão a alta cotação do dólar e do Ibovespa, que é o índice da Bolsa de Valores de São Paulo, associados a outras taxas, como a inflação, que retratam o cenário e impactam diretamente nas aplicações.
A partir da análise desses índices, os analistas afirmam que esse é um período em que se deve priorizar investimentos mais estáveis e lucrativos. Por exemplo, as CCBs (cédulas de crédito bancário), que têm rentabilidade acima da média, já que outros investimentos estão variando muito no período.
Para ter uma ideia da variação, em 2022, a cotação da moeda norte-americana oscilou entre R$5,70, em 5 de janeiro, e R$4,59, em 4 de abril. Enquanto isso, a Bolsa de Valores trabalhou entre 121570 pontos, em 1º de abril, e 96551, em 15 de julho.
Esses indicadores do mercado financeiro funcionam como guias para a condução da política monetária e representam os posicionamentos dos investidores. Caso as projeções de mercado sejam confirmadas, em 2022, o juro real deve ficar acima da média histórica dos últimos dez anos. Isso considerando as projeções para o CDI (Certificado de Depósito Interfinanceiro) e para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que é a taxa que mede a inflação.
A principal estimativa para a variação do CDI é dada pelas negociações dos contratos futuros de taxa média de depósitos financeiros de um dia. É um contrato derivativo negociado na B3. Os dados mais recentes sugerem que os investidores esperam que a variação do CDI no ano de 2022 termine em 12,4%.
O parâmetro mais frequente para a expectativa de inflação é dado pela pesquisa feita pelo BC junto aos especialistas e divulgada por meio do boletim Focus. De acordo com os dados mais recentemente coletados, a mediana das projeções aponta para inflação de 6,6% neste ano.
Assim, a diferença entre as projeções para o juro nominal e as previsões para a inflação indica juro real de 5,8% em 2022. Se confirmado, será o maior patamar desde 2017. Pelos mesmos critérios, as projeções para o ano de 2023 apontam para juro real de 7,2%. E, para 2024, a expectativa é que o juro real fique em 6,7%.
Taxa de juros real e inflação
O índice deve ser analisado com cautela antes que você decida contratar uma aplicação. Assim, a operação precisa ser superior à inflação do período para que o investidor tenha lucros reais. De outro modo, o investimento só compensará a inflação.
Assim, a taxa de juros somente será chamada de taxa de juros real quando o valor estiver descontando a inflação do período. É essa diferença no rendimento (entre total recebido e inflação) que determina o lucro da aplicação.
Essa taxa é diferente de outras conhecidas no mercado, como a Selic. Afinal, a Selic é a taxa básica de juros, que serve como parâmetro para os juros cobrados no país. Desse modo, ela é um importante instrumento para controle da inflação, que reflete na taxa de juros real. No entanto, a Selic não é uma taxa de juros real.
Quais são as diferenças entre as taxas de juros nominal e real?
A taxa de juros nominal é a informada pelo banco ou pela corretora de investimentos antes de uma aplicação, para que o cliente tenha conhecimento ao emprestar o dinheiro dele. No Brasil, a taxa nominal é representada pela Selic.
Já a taxa de juros real considera o rendimento da operação menos a inflação do período, demonstrando o ganho verdadeiro do investidor. Enquanto parte do percentual servirá para compensar o aumento de preços pela inflação, o restante representará o aumento de capital.
Por exemplo, ao investir uma quantia na Selic, com juros de 13%, a pessoa recebe, ao fim do contrato, um rendimento total de 13% sobre o valor investido. Mas, essa quantia não representa o ganho real que ele terá com a aplicação, já que a inflação não foi considerada.
Nesse sentido, o investidor deve ficar atento à taxa de juros real, que é o índice que realmente aumenta o capital de quem aplica o dinheiro. Ou seja, é a taxa real que demonstra qual o ganho real da pessoa, pois ela reflete o lucro obtido acima da inflação.
O que é a inflação?
A inflação é o aumento generalizado nos preços dos bens e serviços. Desse modo, o índice representa um aumento no custo de vida, a desvalorização da moeda do país e a redução no poder de compra dos cidadãos desse local.
A ida ao supermercado é um exemplo para entender como funciona a inflação, já que o preço dos produtos nas prateleiras não são os mesmos praticados há 10, 15 ou 20 anos atrás. Por exemplo, um produto que custava x e teve seu valor reajustado acima da inflação, representa perda no valor de compra do consumidor, visto que os salários não são corrigidos do mesmo modo.
Vale destacar que esse encarecimento dos produtos nem sempre é ruim ou prejudicial ao consumidor. Nesse sentido, quando o aumento é controlado, diluído ao longo do tempo e acompanha os reajustes nos salários mínimos, os clientes não sentem a diferença. No entanto, a inflação pode causar transtornos para consumidores e para a economia de um país, quando aumenta em uma proporção maior do que a dos vencimentos da população, em um curto espaço de tempo.
Dessa maneira, percebemos que a inflação ocorre quando existe uma circulação excessiva de dinheiro na economia. Assim, o índice causa um aumento dos preços de bens e serviços, em razão do crescimento na demanda por determinados produtos. Posto isso, a inflação corrói o poder de compra da população, já que é preciso de cada vez mais dinheiro para comprar os mesmos produtos de antes.
Como a taxa de juros real influencia nos seus investimentos?
Para um investimento ter lucro, a taxa nominal contratada antes da aplicação deve superar a inflação do período. No entanto, nos últimos dois anos, o juro real foi negativo no Brasil.
A taxa ficou negativa no país em razão do aumento da inflação nesse período. Em 2020, o índice foi de 4,52%, enquanto a variação do CDI (Certificado de Depósito Interfinanceiro) fechou em 2,77%. Assim, não levando em consideração o IR (Imposto de Renda), a diferença foi negativa em 1,75%.
Já em 2021, o índice que mede a inflação, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), foi de 10,06%; enquanto a variação do CDI foi de 4,39%, deixando o juro nominal novamente abaixo da inflação no período. Desse modo, a taxa de juros real foi negativa mais uma vez, ao ter uma diferença de 5,67 pontos percentuais, sem considerar o IR.
No entanto, no Brasil, os períodos de juros reais negativos são raros. Em anos anteriores, a variação do CDI ficou acima da inflação. Por exemplo, entre 2011 e 2019, a taxa de juros real foi, em média, 4%. Visto que, a variação anual do CDI ficou, em média, quatro pontos percentuais acima da inflação.
A oscilação acontece quando a inflação sobe acentuadamente e de forma inesperada. A situação é parecida com a vivida no Brasil em 2015, ainda que a taxa de juro real tenha sido positiva.
Naquele ano, o IPCA atingiu 10,67%, índice que praticamente dobrou em comparação aos anos anteriores, a variação do CDI fechou em 13,23%. O resultado foi uma taxa de juro real de 2,56%. A rapidez com que o índice de inflação aumentou surpreendeu o BC (Banco Central), que adotou medidas para os anos seguintes.
Em 2016 e 2017, a instituição aumentou o juro real, para compensar a taxa de 2015, que ficou em pouco mais de 2%, que é um valor baixo para os padrões brasileiros. Em 2016, a taxa de juro real fechou em 7,71% e, em 2017, foi de 7%.
O Banco Central adota um princípio de que existe um certo juro real de equilíbrio. Quando esse patamar é atingido, a economia cresce de maneira sólida, sem provocar desequilíbrios que possam provocar recessão e inflação.
A ideia é que se o juro real estiver em patamar muito alto, se produz menos do que poderia, pois as condições financeiras ficam mais difíceis e o ritmo dos negócios diminui. E quando ele está em patamares muito baixos, na ponta oposta, significa que a inflação está em alta e, consequentemente, o preço dos bens e serviços, o que provoca redução nos padrões de vida.
Vale ressaltar que essa condição trabalhada pelo Banco Central é uma construção teórica. Afinal, não é possível determinar qual seria o patamar ideal para a taxa de juros real. Desse modo, a instituição revê periodicamente a situação, para calibrar as expectativas.
Em 2022, o juro real deve ficar acima da média histórica dos últimos dez anos, caso as projeções do mercado financeiro sejam confirmadas, de acordo com o economista Marcelo D’Agosto, colunista do jornal Valor Econômico. De acordo com D’Agosto, “o mercado financeiro oferece importantes indicadores para a condução da política monetária”.
A principal estimativa para isso é a variação do CDI, que é medida pelas negociações dos contratos de aplicações financeiras de taxa média feitos em um dia. Segundo os dados colhidos observando essa movimentação, e divulgados pelo economista, é esperado que a variação do CDI neste ano de 2022 feche em 12,4%.
O parâmetro mais utilizado para medir a expectativa de inflação é extraído de uma pesquisa feita pelo Banco Central junto a outros especialistas e divulgada por meio do boletim Focus, que é um relatório de mercado feito pela instituição. De acordo com os dados mais recentemente coletados, as projeções apontam para uma inflação de 6,6% neste ano.
Assim, a diferença entre as projeções do juro nominal e as previsões para a inflação indica um juro real de 5,8% em 2022. Caso esse valor seja confirmado, será o maior índice desde 2017. Considerando os dados dessa pesquisa, as projeções para o ano que vem apontam um juro real de 7,2%. E para 2024, a expectativa é que o juro real fique em 6,7%.
Contudo, os especialistas alertam que ainda não está claro até que ponto as projeções para os próximos anos refletem as tendências econômicas do país. Já que, elas podem estar contaminadas por conjunturas de curto prazo observadas neste momento.
A posição cautelosa dos economistas reflete o contexto político-social atual, marcado por uma pós-pandemia e pela da guerra da Ucrânia, que provocou uma desorganização do mercado de energia e produtos básicos na Europa.
No Brasil, a expectativa da atuação do governo eleito na economia, as medidas de desoneração de impostos e as frequentes discussões sobre mudanças nas regras fiscais também preocupam esses especialistas.
A medida cautelosa é adotada considerando a perspectiva de um período difícil para o desempenho dos ativos financeiros ligados ao comportamento da economia. Isso porque o patamar esperado para os juros reais sugere um período de menor dinamismo dos negócios, principalmente os negociados na Bolsa de Valores.
Apesar de tudo, as projeções dos analistas do mercado financeiro ainda são otimistas para os investimentos em renda variável. O argumento é que o preço das ações das companhias negociadas em bolsa já está significativamente descontado.
Conclusão
A taxa de juro real é fundamental no mundo dos investimentos porque reflete o quanto de dinheiro o investidor realmente lucrou com uma aplicação financeira. E são esses valores que aumentam o patrimônio de uma pessoa, pois ela mostra que o investimento rendeu o suficiente para aumentar o poder de compra e os bens do investidor.
O índice pode afetar os investimentos pois ele representa um termômetro do setor, ao refletir aspectos que definem a economia do país. Desse modo, ela mostra como está o mercado, ao retratar o aquecimento ou a estagnação baseado nos valores que ela atinge em um determinado período.
A ideia é que se o juro real estiver em patamar muito alto, se produz menos do que poderia, pois as condições financeiras ficam mais difíceis e o ritmo dos negócios diminui. E quando ele está em patamares muito baixos, na ponta oposta, significa que a inflação está em alta e, consequentemente, o preço dos bens e serviços, o que provoca redução nos padrões de vida.
Essa taxa é diferente de outras conhecidas no mercado, como a Selic. Já que, a Selic é a taxa básica de juros, que serve como parâmetro para os juros cobrados no país. Desse modo, ela é um importante instrumento para controle da inflação, que reflete na taxa de juros real. No entanto, a Selic não é uma taxa de juros real.
Isso acontece porque a taxa de juro real é calculada descontando a inflação da taxa nominal do investimento, que é informada no momento da contratação. Assim, ela mostra como os agentes econômicos afetam aquela aplicação.
O principal deles é a inflação, que representa o aumento generalizado nos preços dos bens e serviços. Desse modo, o índice representa um aumento no custo de vida, a desvalorização da moeda do país e a redução no poder de compra dos cidadãos desse local, que afeta a lucratividade desses investimentos.
Nesse sentido, o investidor deve ficar atento à taxa de juros real, que é o índice que realmente aumenta o capital de quem aplica o dinheiro. Ou seja, é a taxa real que demonstra qual o ganho real da pessoa, pois ela reflete o lucro obtido acima da inflação.
Em 2022, o juro real deve ficar acima da média histórica dos últimos dez anos, caso as projeções do mercado financeiro sejam confirmadas, de acordo com o economista Marcelo D’Agosto, colunista do jornal Valor Econômico. De acordo com D’Agosto, “o mercado financeiro oferece importantes indicadores para a condução da política monetária”.
A principal estimativa para isso é a variação do CDI, que é medida pelas negociações dos contratos de aplicações financeiras de taxa média feitos em um dia. Segundo os dados colhidos observando essa movimentação, e divulgados pelo economista, é esperado que a variação do CDI neste ano de 2022 feche em 12,4%.
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