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O modo como os investidores encaram o mercado também respingou no Tesouro Direto, depois do boom sofrido desde o surgimento, em 2002. Este formato foi criado com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos, permitindo aplicações a partir de R$ 30 reais.
Após 6 anos sem aumentar a Selic, a taxa básica de juros da economia subiu de 2% para 2,75% ao ano. Ou seja, essa instabilidade que não há possibilidade de volta, economistas ainda tentam ver com bons olhos esse formato de investimento.
Desde o início da pandemia o consumo no país está em queda. A alta dos preços dos produtos e serviços tem sido a maior responsável por mudar o cenário de investimento. Veremos, a seguir, se vale a pena investir no Tesouro Direto.
O que é o tesouro direto?
O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional para venda de títulos públicos pela internet. Surgiu em 2002 com o objetivo de facilitar o acesso a esses produtos, permitindo aplicações a partir de R$ 30,00.
Desde o surgimento, essa opção tem chamado a atenção dos brasileiros, principalmente pela rentabilidade superior à poupança. Emitido pelo governo federal, o investidor recebe o dinheiro acrescido de juros na data do vencimento, definido no momento da compra do título.
Além de poder investir a partir de R$ 30,00, o risco dessa operação é muito baixo, pois o governo federal é o emissor. Independente do seu planejamento financeiro ser de curto, médio ou longo prazo, saiba que o Tesouro Direto possui variadas opções para você.
Como investir no tesouro direto?
Os títulos do Tesouro Direto podem ser prefixados, ou seja, com um juro anual definido antes da aplicação do dinheiro ou, ainda, pós-fixado, com um juro fixo anual mais a variação de um indexador, como o IPCA ou a Selic.
Neste quesito é preciso ficar atento antes de realizar a operação e saber o que significa IPCA e Selic. Vejamos:
- IPCA: essa sigla designa o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, considerado como a inflação oficial do país. É importante considerar a relevância desse índice porque ele apresenta rendimento real depois de superar a inflação. Ou seja, apenas quando uma aplicação se valoriza mais do que o IPCA é que seu poder de compra aumenta.
- Selic: são os juros básicos da economia, definidos pelo Banco Central para controlar o crédito e domar a inflação ou impulsionar a economia. Eles refletem diretamente nos juros da renda fixa e são seguidos de perto pelo CDI, que é o principal indicador de rentabilidade dos títulos.
O valor mínimo de investimento no Tesouro Direto é R$ 30 reais e investir nesse formato é um tanto simples. É preciso ter uma conta em um banco de investimentos ou em uma corretora, escolher as taxas – prefixadas ou pós-fixadas e começar.
Antes disso, é necessário escolher instituições idôneas, saber o histórico e a solidez no mercado, as taxas cobradas, as facilidades e a assistência oferecidas. Entendido os objetivos e escolhida a instituição, na prática, o investimento é fácil.
Com acesso ao sistema do Tesouro Direto, por meio de uma senha e login, é possível fazer as operações, consultar o saldo e o extrato e acompanhar todo o processo de investimento. É sempre importante também contar com a ajuda de especialistas na área que irão direcionar os investidores sobre qual o melhor e mais rentável formato.
Vantagens de se investir no tesouro direto
A facilidade de aplicar o dinheiro é uma vantagem do Tesouro Direto que contempla os iniciantes no mundo dos investimentos, pois com pouco capital – a partir de R$ 30,00 – é possível se tornar um investidor de títulos públicos. Vejamos outros bons motivos para começar a investir:
Segurança do investimento
Garantido pelo Governo Federal, o Tesouro é tão seguro quanto a poupança, porém, em tempos como esse em que a economia anda instável e as taxas subindo, é preciso ficar atento às aplicações.
O Tesouro Nacional tem interrompido as negociações de títulos públicos em dias de forte queda da bolsa e alta volatilidade nas taxas de juros, em meio à pandemia do coronavírus que aflige o mundo.
A chance de o governo quebrar é menor do que a de qualquer instituição financeira ou empresa particular ainda é o chamariz que atrai investidores para o Tesouro Direto, entretanto, economistas dizem que é preciso avaliar o momento em que a economia brasileira está vivendo antes de realizar o investimento.
Liquidez diária
Uma das maiores vantagens em investir no Tesouro Direto é a liquidez diária, ou seja, é possível resgatar o valor a qualquer momento. Dessa forma, é o governo que recompra os títulos e disponibiliza o valor em um dia útil na conta do investidor.
A liquidez diária permite que o Tesouro Direto seja flexibilizado em diversos objetivos de investimento, como fundos de emergência, aposentadoria ou compra de um imóvel. Além disso, por ser um título do governo, o risco de prejuízo é muito menor que o da poupança, por exemplo, que pode chegar a valores negativos para o investidor.
Rentabilidade do tesouro direto
O rendimento dos títulos públicos hoje depende dos juros e suas expectativas. O IPCA acumulado em 2020 ficou em 4,52%. A taxa Selic começou em 4,25% ao ano, porém chegou a cair para 2%.
Essas variações devem ser o ponto de atenção para quem deseja investir no Tesouro Direto, principalmente pela taxa Selic. Com os juros baixos, os prefixados tendem a render mais, mas o rendimento hoje depende dos juros da economia que, por sua vez, ainda é incerta e instável.
As vantagens repercutindo no número cada vez maior de investidores no tesouro direto
Mesmo com o cenário econômico adverso atual, os títulos do Tesouro Direto ainda são considerados a estrela da renda fixa dada seu pequeno risco nas operações. Entretanto, é preciso ter em mente que a rentabilidade pode variar, mas esse formato sempre será um dos mais seguros.
Este é o motivo pelo qual o Tesouro Direto atrai grande número de investidores: a segurança nas operações e o baixo risco de prejuízo. A perda do dinheiro só acontece se o governo brasileiro falir, ou seja, as chances dessa possibilidade beiram zero.
Tipos de títulos do tesouro direto
Criado a partir de uma parceria entre o Tesouro Nacional e a B3 (Brasil, Bolsa Balcão) com a intenção de contribuir para a educação financeira de investidores, para aplicar no Tesouro Direto, é preciso estudar bem as alternativas disponíveis no mercado – que variam dependendo da época – e as particularidades de cada título.
Para isso, a seguir veremos os tipos de Tesouro Direto.
LTN – Letra do Tesouro Nacional
Se a escolha for investir no Tesouro Prefixado o cliente saberá imediatamente qual será a taxa de juros a ser paga pelo Tesouro Nacional ao término da aplicação, pois esse título conta com uma taxa que já predefinida no momento da compra.
Assim, uma boa dica é optar por comprar os títulos quando a taxa de juros do país estiver alta, mas com tendências de recuo. Isso faz com que o investidor “trave” a sua rentabilidade em um momento em que a taxa básica de juros (Selic) está elevada.
Isso garante uma rentabilidade maior no final do prazo do investimento, mesmo que após o investimento a taxa Selic caia.
NTN-F – Nota do Tesouro Nacional Série F
O Tesouro Prefixado com Juros Semestrais, que leva o nome oficial de Notas do Tesouro Nacional – Série F, é o título que oferece um pagamento periódico dos rendimentos. Dentro do NTN-F, o investidor recebe os rendimentos a cada seis meses, não precisando esperar o vencimento para poder resgatar seus ganhos de capital.
LFT – Letra Financeira do Tesouro
Esse título possui rentabilidade diária e é vinculado à taxa Selic – a base dos juros do país. Assim como no Tesouro IPCA+, a pessoa que investe no Tesouro Selic não saberá exatamente qual será a sua rentabilidade no vencimento do título, pois dependerá da variação da Selic (quanto mais alta, maior a remuneração e vice-versa).
NTN-B Principal – Nota do Tesouro Nacional série B Principal
Com rentabilidade vinculada à variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), utilizado para medir a inflação oficial do país, o investidor não consegue saber exatamente qual será a sua remuneração ao final do período de validade do título, uma vez que o IPCA é um índice que apresenta uma ampla volatilidade ao longo dos meses.
NTN-B – Nota do Tesouro Nacional série B
A Nota do Tesouro Nacional Série B é o nome dado aos títulos de Tesouro Direto que rendem conforme a inflação e permitem o saque semestral dos rendimentos. Como o IPCA tem uma oscilação natural, significa que, em alguns momentos, o ativo pode render mais ou menos.
Por estarem atrelados às altas e baixas da inflação, os títulos o NTN-B e NTN-B Principal são interessantes por oferecer ganhos reais ao investidor.
Vale a pena investir no tesouro direto?
Por oferecer maior segurança comparado à poupança, o Tesouro Direto ainda é um formato de investimento mais democrático e descomplicado, pois não exige valores muito altos em cada aplicação.
Além disso, com R$ 30,00 é possível começar a investir no Tesouro Direto. Guardar dinheiro na poupança tornou- se, portanto, uma forma de economizar, mas não de receber juros, diferente do que acontece no Tesouro Direto.
É por esse motivo que os títulos públicos do Tesouro Direto são melhores para o investidor. Eles rendem mais, são mais seguros e são ótimas opções para dar o primeiro passo é aumentar o patrimônio.
Perfil do investidor
Se o projeto é investir, é preciso também saber o perfil que, basicamente, significa fazer uma autoanálise das condições financeiras atuais, o quanto de dinheiro tem para disponibilizar e em quanto tempo precisa que esse valor renda e esteja de volta ao bolso do investidor.
Se os planos forem resgatar o dinheiro rendido daqui a alguns anos, como aposentadoria, compra de um imóvel ou poupança para o filho, o Tesouro IPCA + pode ser um bom aliado. Para escolher o tipo de Tesouro Direto, é importante avaliar quais são os objetivos e o perfil.
Expectativa de retirada rápida ou a longo prazo
Além de saber o perfil de investidor, é preciso ter clareza no objetivo a ser alcançado com o investimento no Tesouro Direto, pois o funcionamento e as vantagens serão obtidos de acordo com o cenário de cada aplicação, ou seja, de acordo com a estratégia, é possível lucrar com a venda antecipada ou de longo prazo.
O retorno desejado deve ser escolhido com base no valor inicial investido e no total necessário para a realização dos objetivos. Por isso, o investidor precisa estudar as opções disponíveis e conhecer a rentabilidade esperada, para direcionar suas escolhas.
Tesouro direto versus poupança
A poupança deixou de ser a queridinha dos brasileiros quando o assunto é investimento, justamente pela sua baixa rentabilidade. Além disso, com a chegada de outros formatos, os investidores passaram a enxergar mais vantagens no retorno do valor aplicado.
Investir na poupança não é mais seguro do que o Tesouro Direto, principalmente porque a poupança é como se fosse um “empréstimo” do seu dinheiro para instituições privadas e, no Tesouro Direto, para o Governo Federal.
Com o passar dos anos e as transformações na economia, a poupança passou a ser considerada uma aplicação mais arriscada porque empresas e/ou instituições estão mais suscetíveis à falência do que o governo.
Por ser uma plataforma de negociação de títulos disponibilizados pelo Governo Federal, o Tesouro Direto tende a ser mais seguro, além de não exigir um Fundo Garantidor de Créditos, já que a proteção vem do próprio Tesouro.
Vale a pena investir no tesouro direto na pandemia?
O impacto econômico não afeta o Tesouro Direto, ou seja, mesmo em tempos de pandemia, nada muda em relação à segurança e à liquidez, pois as regras de aplicação não são transformadas à medida em que a economia é alterada e/ou inflacionada.
Isso significa que os diferentes tipos de títulos negociados no Tesouro Direto continuam sendo garantidos pelo governo brasileiro e tendo liquidez diária.
Uma boa alternativa para investir o seu dinheiro
A segurança é o principal fator que atrai investidores para o Tesouro Direto. Desde sua criação, em 2002, este formato adquiriu mais de 1 milhão e meio de investidores cadastrados no programa do governo.
Portanto, os títulos públicos, independente do momento do país, é uma opção segura e rentável. Além disso, ao escolher o Tesouro Direto é possível programar aplicações, como para aquela economia de todos os meses, por exemplo.
A rentabilidade deste formato pode ser mais que o dobro da poupança e, ainda, o investidor pode proteger o dinheiro contra a inflação investindo no Tesouro IPCA, o que não ocorre no investimento em poupança.
Investimento Coletivo Imobiliário
Outra modalidade de financiamento é o investimento coletivo imobiliário, tão seguro quanto o Tesouro Direto. Nele, prevalece a união de pessoas para investir em um determinado projeto, principalmente do segmento da construção civil.
Ou seja, o mercado imobiliário, empresas de infraestrutura, construções, startups, entre outros empreendimentos que geram algum retorno para o país.
Conclusão
Apesar do momento instável vivido pela população brasileira, investir e organizar as finanças para que tenha uma rentabilidade futura é sempre uma boa opção. Seja para adquirir um imóvel, realizar a viagem dos sonhos ou para usufruir de uma aposentadoria mais tranquila.
Porém, é preciso – mesmo que devagar, entender do universo dos investimentos, saber o exato perfil e ter clareza nos objetivos para que possam ser feitas aplicações prevendo o retorno/lucro do capital investido.
Os títulos públicos costumam ser recomendados para os investidores que buscam bons rendimentos sem abrir mão da segurança. Se a opção for o Tesouro Direto, tenha em mente que é um título emitido pelo governo, ou seja, as chances de a economia do país quebrar por completo e, consequentemente, perder dinheiro, são quase nulas.
Em média, a rentabilidade desse tipo de aplicação é 30% maior do que a poupança e, ainda, por possuir liquidez imediata é possível resgatar o valor aplicado, a qualquer momento, sem se preocupar com o aniversário da aplicação.
Entretanto, se ainda é iniciante no mundo financeiro e não entende muito bem sobre investimentos, entre em contato com a Vangardi!