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janeiro 31, 2020A gente sabe que uma simples ida ao supermercado pode mostrar o quanto a inflação tem grande influência em nosso dia a dia. Um exemplo clássico desse cenário em 2019 foram os churrascos com pouquíssimas rodadas de filé e picanha, não é? Nos encontros com os amigos, foi preciso nos contentarmos com mais porções de pão de alho. Já a proteína do almoço diário passou a ser o bom e velho ovo de galinha.
Mas os impactos não param por aí, claro. Além dos reflexos em produtos como a carne, também precisamos lembrar de como nossos investimentos sofrem com a inflação. Tudo bem se você ainda não tinha se atentado para isso! O mais comum, de fato, é sentirmos essa realidade naquilo que mexe com o cotidiano, ou seja, em nosso poder de compra.
E, por isso, nem sempre associamos como a inflação reflete no rendimento de nossas aplicações, uma vez que mantemos o foco mais centrado nas tributações ligadas a cada modalidade, certo?
É hora de entender melhor sobre esse tema e aprender a lidar com o cenário para não deixar que a inflação tenha tanto impacto nos investimentos. Continue a leitura!
O que é inflação?
Inflação é o nome que damos para o aumento generalizado dos preços. Ou seja, não é o fato de um único produto estar custando mais caro, mas vários itens. Em outras palavras, a inflação não pode ser atribuída ao fato de o quilo da laranja ser encontrado pelo dobro do preço.
Num cenário como esse da fruta, devemos levar em conta questões como condições climáticas que tiveram impacto na produção, bem como pragas, entre outros fatores que motivaram a alta.
Entretanto, se observarmos que, além da laranja, o feijão, o arroz, a gasolina, a mensalidade escolar, o aluguel, a conta de luz e diversos outros produtos e serviços estão impactando ainda mais o nosso bolso, aí, sim, eis que a inflação faz parte da realidade.
Isso significa que, nesse contexto, é possível observar uma elevação no nível de preços médios da economia, que tem causas variadas. A seguir, confira a explicação de alguns pontos ligados ao tema.
Dinheiro vale menos
A principal percepção que temos com a inflação é que o dinheiro passa a valer menos, ou melhor, o poder de compra é reduzido.
Para facilitar, uma conta bem básica: Se no ano passado você tinha esquecido R$ 100 na gaveta e, naquela época, conseguiria, com essa quantia, ir ao cinema e jantar com um amigo – com direito à sobremesa –, mas hoje você já não consegue fazer isso, pois é, seu dinheiro já não tem o mesmo valor que antes.
Oferta
Nesse caso, quando mencionamos a oferta, estamos querendo falar da inflação que é motivada pelos custos.
Isto é, quando preços de diversas matérias-primas básicas se elevam, ocorre um impacto direto nas empresas, na indústria, que precisam elevar o valor das mercadorias. Ou seja, o consumidor final sofre com esse repasse.
Demanda
A relação entre inflação e demanda é quando há uma grande procura por determinado produto, mas a indústria não consegue de suprir essa necessidade.
Por exemplo, há um grande número de compradores para determinado veículo, enquanto as montadoras não têm a capacidade para atender a todos. E, assim, o preço do carro vai inevitavelmente aumentar.
Podemos dizer também que, quando há um consumo elevado grande, o impacto disso será falta de estoque, de mão de obra, bem como de insumos para fabricar e atender à demanda do consumidor.
E, assim, a inflação é algo cíclico, afetando, principalmente, os assalariados, uma vez que os vencimentos não aumentam proporcionalmente.
Vale lembrar que, quanto mais dinheiro estiver em circulação, mais as pessoas estão comprando. Entretanto, o governo precisa controlar isso, senão os produtos vão encarecer.
Como está a inflação no Brasil?
Existem alguns indicadores da inflação no país, sendo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o “oficial” nesse cenário. Em 2019, a inflação fechou em 4,31%, o maior valor para o ano desde 2016, com 6,29%, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Alguns produtos tiveram grande elevação nos preços no ano passado, como a carne, que mencionamos logo no início: aumento de 32,4% no ano. Um dos grandes queridos dos brasileiros, o feijão-carioca, também teve o custo aumentado em 2019: alta de 55,99%.
Como a inflação afeta os investimentos?
Agora que já ficou mais claro que é a inflação e alguns pontos ligados a ela, é hora de associá-la aos investimentos e apresentar possíveis formas de driblar isso. As informações a seguir vão te ajudar a agir da melhor maneira, caso ela esteja alta ou baixa.
Rentabilidade
Quando falamos de inflação num contexto de quem mantém aplicações financeiras, precisamos ficar atentos à real rentabilidade real (e não apenas a nominal) dos investimentos. Devemos lembrar que alguns deles podem estar rendendo próximo de zero após tirar a inflação, principalmente no cenário atual de juros baixo, que é o caso brasileiro.
Mas, de toda forma, é importante lembrar que os impactos da inflação não são apenas em aplicações de renda fixa, mas, também, nas de renda variável.
Poupança
Exemplos clássicos de rentabilidade real abaixo do desejado são a poupança e algumas aplicações de tesouro direto (por exemplo, Tesouro IPCA e Tesouro IPCA +). Para detalhar melhor, a poupança não apresentou ganho real em 2019. Você deve estar perguntando: Como não, se vi aumento no saldo?
No fim do ano passado, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou a redução da Selic, a 4,5% ao ano, e essa é a projeção para ao longo de 2020. Com a influência direta da taxa básica de juros no investimento na poupança, na prática, a inflação não permitiu que esse ganho fosse efetivo em 2019.
Com isso, há muitos brasileiros percebendo que a modalidade, apesar de segura, não é um bom negócio em termos de investimentos com rentabilidade real. Um número que comprova isso foi o fato de os depósitos na poupança terem superado os saques em R$ 13,23 bilhões, o que representa a menor entrada desde 2016, segundo o Banco Central.
O que fazer para equilibrar inflação e investimentos?
O primeiro passo para todo investidor é ficar de olho nas medidas do governo e nos indicativos e índices da economia. Entender – um pouco que seja – do cenário econômico ajuda compreender impactos para o dia a dia, além de encontrar outras formas de valorização do dinheiro.
E, assim, a medida seguinte é buscar outras modalidades para diversificar seus investimentos. Em outras palavras, isso não significa abandonar de vez o tesouro direto, a poupança ou outras aplicações que já tenha, mas, sim, encontrar outras possibilidades que proporcionem ganhos reais para você.
Inflação em alta
Inflação em alta significa menor poder de compra, lembre-se que é importante considerar modalidades de investimento de longo prazo, incluindo CDB, LCI e LCA, por exemplo.
Inflação em baixa
Por outro lado, no caso de baixa inflação, modalidades associadas ao CDI podem não ser interessantes. Mas fique de olho em outros indicadores, principalmente o da taxa básica de juros, para entender suas possibilidades de rentabilidade real.
De toda forma, qualquer medida que você decida tomar precisa ser condizente com o seu perfil de investidor, para que seus investimentos não virem dor de cabeça.
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