Taxa Mínima de Atratividade: por que considerar ao investir em renda fixa?
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dezembro 17, 2020Se aposentar com uma renda maior ou extra e até alcançar uma poupança de R$ 1 milhão e “viver de renda”, pode ser o sonho de muitos brasileiros que almejam ter uma vida financeira estável. E com o CDI você pode conseguir isso.
A bem da verdade, o mercado de investimento, em partes, ajuda o cidadão a alcançar essas metas que, muitas vezes, parece impossível, mas que com um pouco de organização e muito foco está ao alcance de todos.
Apesar do cenário econômico do país estar com uma imagem negativa e a rentabilidade em aplicações e transações de investimento terem apresentado uma queda significativa com a pandemia do Novo Coronavírus que afetou o mundo todo, ainda existem opções que garantem bons negócios aos investidores.
Entre as inúmeras siglas que rondam o mercado financeiro, o CDI está entre as mais famosas. O CDI, sigla para Certificados de Depósitos Interbancários, atua como um indexador que serve como referência para investimentos em renda fixa. Entretanto, é preciso atenção e cuidados na hora de escolher um formato de poupança e de investimentos.
O CDI acumulado até 22 de janeiro de 2020 foi de 0,24%. A variação média foi de 0,02% ao dia. Em 2019, ele fechou o ano em 5,96%. A expectativa para 2020 é que esta taxa permaneça próxima da taxa Selic, ou seja, em cerca de 4,5% ao ano.
Como se trata de uma referência importante no mundo dos negócios, principalmente para aplicação em renda fixa, a compreensão desta transação é fundamental para a saúde financeira e a rentabilidade dos investimentos.
O quê é CDI?
O CDI (Certificados de Depósitos Interbancários) são títulos emitidos por bancos, com o objetivo de transferir recursos de uma instituição para outra, por um período curto de tempo, mas também é utilizado como um indexador que serve como referência para investimentos em renda fixa. Quando utilizado pelas instituições bancárias serve também para captação de recursos.
De modo geral, o CDI serve para orientar os investidores que buscam maneiras eficazes de investir o dinheiro, porém, é preciso ficar atento à sua funcionalidade: o CDI não é oferecido diretamente aos investidores individuais, é usado para que os bancos emprestem e tomem recursos entre si de um dia para o outro.
Criado em meados da década de 1980, os CDIs são aplicações com prazos de 1 dia útil, com objetivo de melhorar a liquidez de uma determinada instituição financeira e, na prática, servem para regulação do sistema financeiro.
O Banco Central determina que os bancos devem encerrar todos os dias com saldo positivo de caixa. É uma medida de segurança que procura assegurar que o sistema financeiro seja estável e esteja saudável. O CDI, portanto, é um número de referência, tanto para taxas de juros quanto para benchmarks de performance de determinados tipos de investimento.
Qual a importância do CDI?
O CDI norteia a vida dos bancos, pois permite a mensuração do valor resgatado e arrecadado em um dia. Se uma instituição registra um volume maior de resgate do que de depósitos, ao final do dia, o saldo será desproporcional.
As regras do CDI estabelecem que essa diferença seja obrigatoriamente coberta no mesmo dia, por isso o prazo de validade de um dia. Para isso, a saída é tomar dinheiro emprestado de outro banco.
Entretanto, vale frisar que o CDI não é um título disponível para pessoas físicas e a resposta para a importância desta transação para o mundo dos negócios são os juros. Nos empréstimos entre os bancos, há a cobrança de juros.
As operações interbancárias são registradas na B3, a Bolsa do Brasil, uma das principais empresas de infraestrutura de mercado financeiro do mundo e uma das maiores em valor de mercado, que calcula a taxa média de juros praticada entre as instituições em todo mercado financeiro. Essa taxa, divulgada diariamente, é conhecida como “taxa DI” (também chamada de “taxa do CDI”).
O CDI também funciona como um facilitador na comparação entre os investimentos para que seja possível determinar se o desempenho de uma aplicação é satisfatório ou não, ou seja, se esse indicador apresenta pouco retorno de um investimento, significa que o indicador livra o investidor de determinada aplicação.
A partir destes índices é possível avaliar quais ativos oferecem melhores perspectivas de ganhos e evitar alternativas que sejam caras demais ou fora do seu perfil. Quem investe pode se valer dessa informação para estruturar o seu portfólio de acordo suas particularidades e objetivos.
Quanto rende o CDI?
Atualmente o rendimento do CDI gira em torno de 4,5%. De acordo com a ferramenta Calc, disponibilizada pela B3, o CDI acumulado até 22 de janeiro de 2020 foi de 0,24%. A variação média foi de 0,02% ao dia. Em 2019, ele fechou o ano em 5,96%. A expectativa para 2020 é que esta taxa permaneça próxima da taxa Selic, ou seja, em cerca de 4,5% ao ano.
Nos investimentos, CDI e Selic são duas taxas muito próximas. Elas costumam ficar 0,10 ponto percentual abaixo da Selic Meta. Isso significa que, como hoje a Selic está em 2% ao ano, o CDI está em 1,90% ao ano.
Rendimento histórico do CDI
Ao longo dos anos, o rendimento do CDI mudou, principalmente, pela instabilidade do mercado e os últimos acontecimentos no cenário político-social que impacta diretamente a economia e o mercado financeiro.
Nos últimos cinco anos, o CDI sofreu muitas variações – foi de 13,24% ao ano para 6,4%. Veja abaixo a comparação do acumulado entre 2018 e 2019.
Rendimento acumulado do ano
2018 – 6,42%
2019 – 5,96%
Rendimento acumulado da poupança
2018 – 4,23%
2019 – 2,62%
Qual o valor do CDI hoje?
A taxa DI Hoje é 1,90%. A rentabilidade de 12 meses do Certificado de Depósito Interbancário (CDI) ficou abaixo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) pela primeira vez desde o Plano Real, cerca de 3,20%. Em outubro deste ano, a taxa ficou em 0,160% e o CDI em 2020 a taxa está em 2,44%.
Como funciona o CDI?
O CDI está relacionado aos empréstimos realizados entre as instituições bancárias. Sabendo disso, entendemos que para a vida financeira saudavel da instituição é preciso que elas fechem o balanço diário de transações de forma positiva, ou seja, sem resgatar mais do que arrecadar.
Como estamos falando sobre transações bancárias, obviamente, falamos sobre juros entre essas operações. Dessa forma, o CDI representa a taxa média dos juros praticada nessas operações interbancárias a cada dia.
Mesmo influindo em taxas de juros, essa operação garante que o mercado bancário tenha maior fluidez, já que as instituições podem se ajudar entre si e, ainda, ajuda os bancos a cumprirem com seus compromissos e, dessa forma, proteger seus correntistas.
As rentabilidades atreladas ao CDI usam o índice como referência e entregam percentuais relativos a ele. Assim, como falado antes, toda variação do CDI impactará diretamente nesses investimentos.
Por exemplo: um CDB que rende 110% do CDI, tem rentabilidade 10% acima. Supondo que o CDI hoje seja de 10%, esse CDB terá uma rentabilidade bruta de 11% (antes do imposto de renda). Se o CDI cai para 9%, a sua rentabilidade cai junto.
Como o CDI pode afetar o seu dinheiro?
Talvez uma das primeiras siglas que as pessoas se deparam quando querem se tornar investidoras, o CDI é um dos principais indicadores do mercado financeiro, porque serve de referência para aplicações de renda fixa. Acompanhar a oscilação desse indexador é fundamental para calcular os rendimentos dos seus ativos.
O CDI acompanha de perto a taxa básica de juros da economia, a Selic. Assim, acompanhar a variação da taxa Selic, que é revisada pelo Banco Central a cada 45 dias, acaba sendo fundamental para quem está procurando pelos investimentos de melhor rentabilidade, ou com a melhor relação entre risco e retorno.
Sendo assim, quanto mais segura as transações interbancárias, bem como o comprometimento dos bancos com suas operações, mais seguro o seu dinheiro e seus investimentos estarão, pois o CDI proporciona às instituições a fecharem o caixa no final do dia com saldo positivo.
As taxas do CDI servem também para avaliar a viabilidade de abrir um negócio, por exemplo. Neste caso, é preciso considerar quanto o dinheiro pode render em relação ao CDI e analisar se o risco vale a pena.
Sendo assim, antes de fechar um negócio é importante considerar alguns aspectos, entre eles, o custo de oportunidade e compará-lo com aplicações com mercado financeiro. Além de determinar quais investimentos são mais interessantes, o índice CDI é usado em contratos de dívidas, cambiais, entre outros. Normalmente, um investimento seguro que pague 100% do CDI é tido como saudável financeiramente.
Qual a relação do CDI com a taxa SELIC e taxa DI?
Ao olhar o histórico do CDI e compreender como é o impacto direto dele na economia e nos investimento, mais se entende a necessidade de fazer negócios de maneira segura e sem riscos. Sem um valor ou percentual pré-determinado, o CDI está ligado à taxa de variação da Selic, cuja meta é definida periodicamente pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central.
Portanto, a taxa Selic é usada em empréstimos feitos entre bancos no curtíssimo prazo com garantia de títulos do Tesouro Nacional, isso porque essas operações são registradas no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), que armazena informações sobre títulos públicos.
Já a taxa CDI é aplicada quando bancos emprestam dinheiro entre si utilizando seus próprios recursos. Ela é formada pela média dos negócios no mercado interbancário e registrada pela Centro de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos Privados (Cetip). A taxa DI é a média das taxas CDI em um determinado período, já que a oscilação do indicador é diária.
A taxa CDI costuma ficar um pouco abaixo da taxa Selic. Isso porque o risco de empréstimos com garantia de recursos dos bancos é similar ao de títulos públicos, mas não é idêntico.
Por sua vez, a taxa Selic tem o risco do governo, pois é calculada com base nos financiamentos diários para os títulos públicos. Já a taxa CDI tem o risco de títulos privados emitidos pelos bancos.
Por ser baseada em títulos do governo, em 2016 a taxa Selic apresentou uma queda emblemática atingindo 14,25%, porém, devido ao controle da inflação pelo Banco Central, aliado a um movimento para tornar os financiamentos mais acessíveis a todos os agentes da economia real, em busca da recuperação econômica, esse índice passou a cair no país.
Quais são os investimentos atrelados ao CDI?
Embora seja muito importante para os investimentos de renda fixa, o CDI está atrelado a alguns índices utilizados em todos os tipos de análises na economia, entre eles, IPCA, taxa Selic e IGPM. Tratam-se de taxas de reajustes, utilizadas com três principais objetivos: acompanhar o cenário econômico, corrigir preços e evitar a volatilidade.
CDBs
O CDB é a sigla de Certificado de Depósito Bancário, uma modalidade de investimento bastante segura em renda fixa que tem a finalidade de oferecer crédito. Ao investir no CDB, você está colocando seu dinheiro à disposição de uma empresa que vai usá-lo por um tempo determinado e pagar diretamente a você pelo empréstimo.
Esta é uma das opções mais seguras disponíveis no mercado, pois são títulos de investimento que contam com o seguro do Fundo Garantidor de Crédito – o mesmo que garante as aplicações em poupança.
LCI e LCA
Outra opção atrelada ao CDI são as LCI e LCA, ou seja, Letras de Crédito Imobiliário e Letras de Crédito do Agronegócio, títulos emitidos por instituições financeiras para captar dinheiro e oferecer empréstimos a esses dois setores da economia.
Neste tipo de investimento a principal característica está na isenção de Imposto de Renda. Embora seja vantajosa, essas não são opções que rendem mais no mercado financeiro. Na hora de comparar investimentos, o melhor é fazer os cálculos considerando os índices da taxa CDI.
A rentabilidade de cada título que se baseia na taxa CDI ou Selic pode ser menor do que os indicadores, ou pode superá-los. Isso varia conforme o prazo de vencimento, as condições de resgate, o perfil de risco do emissor e a demanda do mercado.
Debênture
Debênture é um título de crédito representativo de um empréstimo que uma companhia realiza junto a terceiros e que assegura a seus detentores direito contra a emissora, estabelecidos na escritura de emissão.
Entre as modalidades de investimento disponíveis no mercado, algumas estão classificadas como renda fixa e renda variável. Na renda fixa, estão alocados os investimento em que sabe-se previamente qual será a remuneração do seu capital, definida como prefixada ou atrelada a algum indicador como Selic, CDI, IPCA, etc.
As debêntures são, portanto, emissão de dívida de empresas que podem ser adquiridas como investimentos de renda fixa em troca de uma remuneração previamente combinada. Ao investir em debêntures, o investidor está emprestando dinheiro para empresas. Como um investimento de renda fixa, as debêntures podem possuir rentabilidade prefixada ou pós-fixada associada a um indicador, como o CDI ou o IPCA.
CRI e CRA
Identificadas como títulos de renda fixa, a CRI e CRA – Certificado de Recebíveis Imobiliários e Certificado de Recebíveis do Agronegócio, respectivamente, são, no geral, uma forma que determinadas empresas utilizam para captar recursos.
Exemplificando: uma empresa de determinado segmento, ao realizar as atividades fez vendas parceladas, mas precisa do dinheiro à vista. Nesta situação, uma empresa de seguros vai estruturar a dívida do cliente final, transformando os créditos a receber em títulos negociáveis do mercado.
Os CRIs são transformados em direitos creditórios e os CRAs em recebíveis dos negócios realizados entre os envolvidos na transação, incluindo empréstimos, financiamentos relacionados ao segmento, etc. Portanto, ao investir em um CRI ou em um CRA, você está comprando pagamentos futuros acrescidos de juros, isso tudo dentro de um prazo estipulado no momento da compra do título.
Esses títulos são, exclusivamente, emitidos por companhias securitizadoras, ou seja, instituições não financeiras e possuem investimentos para o médio e longo prazos e costumam ter vencimentos a partir de 3 anos.
Essa modalidade de investimentos é sugerida para investidores que já têm uma reserva de emergência e, por isso, não precisarão resgatar esses recursos em situações não previstas, de urgência.
Fundos simples
O Fundo Simples é um tipo de investimento que reúne os recursos financeiros de diferentes pessoas e investe em aplicações variadas de renda fixa. Dessa forma, uma instituição financeira administra o montante de dinheiro em papéis como Tesouro Direto, CDBs e letras de crédito.
Também chamados de fundos de renda fixa, precisam investir pelo menos 95% do seu patrimônio em títulos públicos federais, títulos de renda fixa emitidos por instituições financeiras com classificação de risco semelhante à dos títulos públicos (como CDBs de grandes bancos) ou operações compromissadas lastreadas nesses papéis ou em títulos públicos.
Uma das opções mais conservadoras, o fundo simples tem como objetivo acompanhar o CDI e proteger o poder de compra do seu patrimônio. De certa forma, é um tipo de investimento mais prático e talvez o mais seguro para quem deseja iniciar do mercado de investimentos.
Ele possibilita que os iniciantes possam começar a experimentar novos investimentos e maiores rentabilidades sem se sentir hesitantes, pois a característica histórica desta alternativa é o baixo risco de calote.
Para garantir o baixo nível de risco, portanto, é preciso ficar atento à algumas especificidades, entre elas, a porcentagem do patrimônio líquido – 95%, a volatilidade, taxa Selic, perfil do investidor, proteção da carteira e os documentos do fundo, como regulamento e prospecto, devem estar disponíveis para o investidor interessado por meios eletrônicos.
Conclusão
No universo financeiro, muitas siglas e muitas transações possuem suas particularidades. Entender tanta diversidade faz parte de garantir um resultado seguro e assertivo em relação aos investimentos.
Fazer boas escolhas é fundamental também para acompanhar a rentabilidade e se precaver em relação a alguma instabilidade do mercado, bem como da instituição bancária.
Na realidade, não existe a receita perfeita, cada um tem suas vantagens e desvantagens, o ideal é encontrar aquela opção que se encaixa perfeitamente ao negócio e ao poder de investimento.
O primeiro passo para entrar nesse universo é estudar o mercado de negócios e contar com uma consultoria especializada para atuar com profissionais qualificados e especialistas que possibilita uma margem de segurança.
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