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fevereiro 27, 2020Como você não é de outro planeta, a gente sabe que já ouviu falar e, provavelmente, tem alguma noção de que a famosa taxa Selic influencia totalmente na economia no país. E, ainda que não esteja bem claro o funcionamento da taxa básica de juros, você também já faz ideia de que ela é um indicativo importante para os investimentos, não é mesmo?
Agora chegou a hora de detalhar melhor alguns pontos que envolvem a Selic e por que saber sobre eles é importante para todas as pessoas que têm ou pretendem entrar para o mundo das aplicações financeiras.
Por isso, o objetivo desse texto será tentar descomplicar ao máximo esse assunto e, assim, te deixar mais confiante na hora de buscar alternativas de valorização do seu dinheiro. Continue a leitura para compreender melhor!
O que é a taxa Selic?
A taxa Selic é a taxa básica de juros do país e, portanto, ela é a referência principal que influencia nas mais variadas operações, incluindo os investimentos e os empréstimos. Ela é, na verdade, uma sigla para Sistema Especial de Liquidação de Custódia.
Esse sistema está relacionado com a dinâmica dos bancos. Diariamente, eles fazem operações financeiras, isto é, depósitos e saques, por exemplo. Para equilibrar os caixas, essas instituições tomam empréstimos de um dia – “overnight” – entre elas e, para devolver o montante, precisam pagar a diferença, que são os juros.
Esse cálculo tem como base justamente a taxa básica, a Selic, sendo ela a cobrança de juros das operações feitas com títulos públicos federais. Em outras palavras, a Selic é a menor taxa de juros possível de se operar no sistema e, assim, a partir dela, formam-se as outras cobranças de juros na economia.
Dinâmica dos bancos
Hoje a Selic se encontra em seu patamar mínimo histórico de 4,5% e, conforme o Relatório de Mercado Focus, as projeções do mercado para a taxa básica da economia seguem as mesmas para 2020.
Mas é muito comum observarmos que os bancos não cobram exatamente o mesmo valor da Selic, certo? Por isso, precisamos deixar claro que as taxas dos bancos são, de fato, maiores que a básica.
Isso porque os bancos são intermediários financeiros, que captam e emprestam dinheiro. Essas instituições se orientam pela Selic para captar e, assim, pessoas e empresas pegam empréstimo acima da taxa básica.
Para exemplificar, em uma situação de juros mais altos, os bancos preferem aumentar a própria taxa ou emprestar menos.
Controle da inflação
Algo que sempre vemos no noticiário são análises que associam a taxa Selic à inflação. A explicação para isso é o fato de ela ser um mecanismo primordial para o controle do aumento generalizado dos preços.
Nesse ponto, precisamos lembrar que, quanto maior for a demanda por determinado produto ou serviço, maior será o preço, certo? Se há um aumento da Selic e, consequentemente, das taxas de juros, ocorre um desestímulo ao consumo.
E, dessa forma, se falta comprador, a tendência dos preços é baixarem, sendo essa uma medida importante para o controle da inflação.
Por outro lado, num cenário como o exemplificado, há maior estímulo a investimentos, ou seja, as pessoas podem preferir aplicar do que gastar o dinheiro. Logo mais, voltaremos a esse assunto. Então, siga em frente!
IPCA
Continuando a falar da inflação, devemos lembrar do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é uma indicação da inflação no Brasil, por meio da oferta e da demanda do mercado.
A Selic contribui justamente para o controle desse índice, pois juros mais altos indicam desestímulo ao consumo, podendo ser um controle de equilíbrio da produção, por exemplo. O contrário também vale, isto é, juros mais baixos estimulam consumo. Para facilitar, lembre-se de que tudo faz parte de um ciclo.
O que é Copom e como ele define a Selic?
A taxa Selic é determinada pelo Banco Central (BC), por meio do Comitê de Política Monetária (Copom). É esse órgão que define a meta para ela – Taxa Selic Meta. A cada 45 dias, o Copom se reúne e decide a taxa básica de juros para o período.
Nesse contexto, é importante entender que o próprio Banco Central compra ou vende títulos para influenciar o mercado. Vale ressaltar que a taxa de juros varia conforme prazo e risco de inadimplência referentes a essas operações. Em outras palavras, quanto maior for o tempo e o risco, maiores serão os juros.
Como já falamos, as alterações na Selic impactam as outras taxas da economia. Quando o BC aumenta a Selic, está incentivando as pessoas a pouparem e a diminuir o consumo acima do que se produz no país. Isto é, caso haja uma demanda maior do que a produção, inevitavelmente ocorreria um aumento generalizado dos preços.
Em outras palavras, o Banco Central atua ao aumentar a taxa para fazer com que o consumo seja menor e não haja tanta demanda.
Mas em que o BC se baseia para alterar a Selic?
Existem diversas variáveis para a determinação da Selic, como nível de atividade, de emprego, bem como a taxa de câmbio. E, assim, o Banco Central vai analisando a economia, as determinações do mercado, o contexto econômico e político.
Com essa avaliação, o órgão identifica uma possível inflação, uma expectativa de elevação dos preços e, assim, ajusta a Selic. É importante ressaltar que a meta da Selic considera uma tolerância para cima e para baixo, pois há situações imprevisíveis ou pouco previsíveis, como desastres naturais, “surpresas” políticas nas eleições mundo afora, entre outras.
Como a Selic afeta meus investimentos?
Ao longo do ano passado, os investidores ficaram acompanhando a Selic até fechar 2019 no patamar mais baixo de 4,5%. E, como já mencionamos, as projeções são semelhantes para o ano atual.
Com isso, quem faz investimentos precisa ficar de olho nos efeitos da taxa básica de juros e tomar medidas para buscar maior valorização do dinheiro.
Renda fixa
Para entender melhor o que está acontecendo com as aplicações atuais, é importante destacar que os investimentos de renda fixa são os que mais sofrem com esse patamar de hoje da Selic.
O retorno da caderneta de poupança está em 3,15% ao ano – o que mal representa um ganho real, considerando a inflação.
No caso de modalidades com retorno a 100% do CDI, o rendimento fica em torno de 5,6%. Entretanto, como lembrado pelo InfoMoney, é preciso considerar a maior alíquota de Imposto de Renda (22,5%) e, assim, chegaremos a uma rentabilidade de 4,3%.
Apostas sem Imposto de Renda e com rendimento de 100% do CDI incluem as LCIs e LCAs. Além do mais, prazos prolongados de investimentos tendem a gerar ganhos mais satisfatórios.
Renda variável
Os investimentos de renda variável continuam sendo uma aposta interessante de rendimentos, mesmo com o patamar atual da Selic. Além do mercado de ações, uma das modalidades mais atrativas para o contexto atual são os fundos imobiliários.
A explicação para isso é o reaquecimento do mercado imobiliário e de construção, após anos de baixas, mas retomada em 2019.
Qual é a melhor forma de investir agora?
Exemplificamos que a renda variável oferece modalidades que mantêm alta rentabilidade, mesmo em tempos de Selic a 4,5% ao ano. De toda forma, cada investidor precisa estar atento ao próprio perfil, para ter confiança nas operações que irá realizar.
A maioria dos especialistas em finanças tem destacado como o investidor tradicional ou conservador está caminhando para a extinção, uma vez que prezar demais pelos baixos riscos significa ganhos consideravelmente menores.
Assim, é preciso colocar na balança fatores como segurança e liquidez, para tomar mais decisões assertivas e, assim, diversificar a carteira de investimentos.
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