Aplicações financeiras: entenda de forma descomplicada!
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janeiro 10, 2020O investimento coletivo, ainda que seja relativamente novo no Brasil, já é considerado uma das maneiras mais interessantes para captar recursos para empresas, especialmente no caso das startups e dos empreendimentos imobiliários.
Contando com a participação de um grupo de pessoas físicas – que podem fazer suas aplicações de forma individualizada, conforme a própria realidade –, essa modalidade permite a expansão de diversos negócios, ou mesmo a manutenção e ampliação da disponibilidade de fluxo de caixa, por exemplo.
É uma maneira de investimento que representa uma tendência internacional de levantamento de capital, sem a necessidade de recorrer aos tradicionais empréstimos e, consequentemente, arcar com juros exorbitantes.
Com esse texto, você irá conseguir entender melhor o que é o investimento coletivo, além das sete vantagens dessa forma de captar recursos para empresas. Continue a leitura!
O que é investimento coletivo?
Antes de tudo, para que fique bem claro, é hora de relembrar esse conceito!
O investimento coletivo é uma modalidade de financiamento que consiste, em outras palavras, na famosa vaquinha. Ou seja, é quando um grupo de pessoas disponibiliza um valor para determinado projeto que deseja apoiar.
Enquanto a maioria das vaquinhas tradicionais aconteça entre pessoas físicas, nesse caso, são pessoas físicas investindo em empresas, startups, empreendimentos imobiliários, entre outros negócios.
Assim, cada projeto tem o objetivo de arrecadar uma determinada quantia total, em nome do próprio desenvolvimento, e cada investidor recebe sua contrapartida, conforme o valor que disponibilizou no investimento.
Equity crowdfunding
Esse tipo de investimento alternativo também é chamado de equity crowdfunding, que é uma expressão em inglês que seria, literalmente, a união dos termos “capital” e “vaquinha”.
A prática pode ser recente no Brasil, mas já está bastante consolidada no exterior, principalmente em alguns dos países europeus, sendo que o pioneiro foi o Reino Unido. Nos Estados Unidos, a legislação para o equity crowdfunding foi sendo aprimorada com o tempo, até que ganhou normas específicas em 2012 e, assim, se fortaleceu ainda mais.
Regulamentação no Brasil
No Brasil, a modalidade de financiamento coletivo de investimento para empreendimentos foi regulamentada, em 2017, pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), por meio da Instrução Normativa ICVM 588.
E, assim, as pessoas foram ganhando mais segurança e confiança para trocarem os investimentos tradicionais (e baixos rendimentos) pelas recompensas maiores das apostas em projetos que desejavam ver se desenvolvendo.
Traduzindo isso em números, temos:
- Em 2018, R$ 46 milhões foram captados para 46 empresas por meio do investimento coletivo;
- Em 2017, R$ 12,8 milhões foram levantados para 22 projetos;
- Em 2016 (antes da regulamentação), R$ 8,34 milhões foram captados para 24 empresas.
Ou seja, segundo o balanço da CVM, é possível perceber que o número de equity crowdfunding triplicou na comparação entre 2017 e 2018, no Brasil.
Isso é um sinal de que as pessoas entenderam que a modalidade é interessante para ver o dinheiro valorizando, enquanto investe em projetos interessantes e com grande potencial. E, para as empresas, os benefícios não se resumem a captar recursos. A seguir, confira sete deles.
7 vantagens do investimento coletivo para empresas
Quem tem aplicações na poupança e em outras opções tradicionais sabe que o retorno está muito abaixo do desejado, hoje em dia. E, tendo em vista o cenário econômico atual, as pessoas estão buscando investimentos alternativos, o que gera uma excelente oportunidade para as empresas.
Muitos dos investidores estão à procura de novas possibilidades e já passaram a considerar, inclusive, abandonar o perfil conservador. Por isso, são crescentes as oportunidades para empresas por meio do investimento coletivo.
1. Menos burocracia
As empresas que optam pelo equity crowdfunding podem se surpreender positivamente pela redução da burocracia no processo e nos contratos.
Para que a campanha – ou rodada, como é mais comum nesse ramo – seja aberta, a empresa candidata passa por uma análise muito detalhada.
São avaliadas questões como o histórico do projeto, dos sócios, dos pagamentos, do crédito do empreendimento, tudo de forma a garantir aos investidores que será uma oferta segura.
Além do mais, existem regras da CVM para o investimento coletivo:
- Só participam empresas que faturam até R$ 10 milhões;
- Captação máxima de R$ 5 milhões.
Para garantir o acordo, é firmado um contrato entre investidor e emissor (sendo que tudo é feito online, de forma facilitada). O chamado contrato de mútuo detalha as características do título e informações relativas ao empréstimo, deixando tudo às claras para as partes.
2. Custo menor de empréstimo
Uma das grandes vantagens do investimento coletivo é a possibilidade de unir o empresário diretamente ao investidor. Isso significa que, ao remover o intermediário, os custos ficam menores e, consequentemente, os retornos são maiores para os investidores.
Essa é uma grande diferença na comparação com as aplicações tradicionais, que necessitam de um gestor.
3. Ampliação do ecossistema da empresa
Esse é um ponto que está muito ligado com o anterior, justamente pela ausência de intermediário. Como assim?
Quando investidor e empresário atuam juntos, há maiores possibilidades de ampliar as oportunidades. Em outras palavras, investidores que estão ao lado do empreendimento podem até mesmo adquirir um imóvel da empresa ou indicar esse caminho para algum interessado.
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4. Disseminação da marca
Antes mesmo da regulamentação pela CVM do investimento coletivo no Brasil, a imprensa já divulgava diversas oportunidades da modalidade. E as notícias só foram aumentando após 2017, com o aumento desse tipo de aplicação.
Como finanças e investimentos são assuntos de interesse público, é comum que os principais veículos do país fiquem de olho nas novidades no segmento.
Assim, naturalmente, as empresas também vão ganhando exposição da marca no noticiário, o que contribui para novas oportunidades de negócios e, claro, de captação de recursos.
5. Engajamento da equipe interna
Investidores que optam pelo equity crowdfunding geralmente se identificam com determinado projeto e, por isso, apostam nele.
Considerando que os investimentos iniciais podem ser de R$ 1.000, a própria equipe interna tem motivação para participar e, claro, divulgar a captação para amigos e familiares.
Contando com o suporte de conhecidos, a empresa vai sendo divulgada de forma íntima e, assim, novos investidores podem ter estímulo para participar.
6. Tendência
A tecnologia está transformando o mercado e a forma de fazer negócios. Buscamos, cada vez mais, facilidade, menos burocracias e mais oportunidades e retornos. Por isso, o investimento coletivo é um exemplo das tendências possibilitadas pelo digital.
Ao perceber que as pessoas querem participar e escolher formas de investir, o Brasil também está seguindo as práticas financeiras já consolidadas no exterior. E o melhor, já absorvendo os aprendizados de outros países.
7. Oportunidade de novas parcerias
Tudo que foi listado ao longo do texto é um sinal de que o equity crowdfunding colabora para que empresas ampliem suas oportunidades de parcerias, principalmente por meio de uma divulgação ampla do projeto.
Emissores contam com um número maior de investidores, ou seja, pessoas físicas em busca de maiores rendimentos e que, portanto, têm interesse direto no desenvolvimento do negócio. Esse fator é forte no poder da disseminação da empresa.
Além do mais, é preciso lembrar que o investimento coletivo está estreitamente ligado à economia real, ou seja, aqueles empreendimentos e projetos de diversos setores, ligados diretamente ao desenvolvimento e à infraestrutura do país. E quem não gostaria de alavancar nossa sociedade, não é mesmo?
Se sua empresa quer captar, veja como e aplique aqui: