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outubro 12, 2021Segundo o dicionário Aurélio, correlação significa relação mútua entre dois termos. Correlacionar, portanto, significa estabelecer uma relação. A correlação entre ativos trata-se de uma medida estatística usada para demonstrar a relação entre ativos, ou seja, entre duas variantes.
É um assunto relevante, principalmente para quem tem ou deseja ter uma carteira de investimentos – um grupo de ativos que pertence a um investidor, pessoa física ou pessoa jurídica.
É por meio desta medida que podemos descobrir se, por exemplo, quando o preço de determinado ativo cai, o de outro ativo tende a subir.
Há diferentes tipos de correlação de ativos, o que pode trazer certas dúvidas, fora os riscos que todos queremos evitar o máximo possível. Afinal, ao montar uma carteira de investimentos, queremos garantir o maior lucro possível pelo menor prejuízo.
Pensando em tudo isso, este artigo traz uma explicação bem simples e detalhada sobre correlação, aplicação de correlação de ativos na carteira de investimentos, como elaborar uma planilha de correlação de ativos, além de trazer outros aspectos importantes sobre este tema.
O que é correlação entre ativos?
A correlação entre ativos é uma medida estatística usada para demonstrar a relação entre ativos, ou seja, entre duas variantes. Em outras palavras, a correlação de ativos reflete como a movimentação de um ativo se relaciona com os demais ativos.
A correlação pode ser usada para medir a ligação entre dois ativos específicos ou para comparar índices ou classes inteiras de ativos. Por essa medida, podemos descobrir se, por exemplo, quando o preço de determinado ativo cai, o de outro ativo tende a subir.
Esta medida estatística varia entre 1 (correlação perfeitamente positiva) e -1 (correlação perfeitamente negativa). Por exemplo, se o ativo A e B possuem correlação igual a 0,9. E o ativo A tem um aumento de 100% em seu valor, o ativo B irá aumentar em 90%, pois a correlação de ativos é igual a 0,90.
Veja mais sobre como funciona este cálculo de correlação entre ativos abaixo:
Como calcular correlação entre dois ativos
A correlação é uma estatística usada para mensurar duas variáveis e saber se estas estão associadas e qual seria o grau desta associação.
Tal correlação é representada pelo coeficiente de correlação, variando entre (-1) e (+1). A medida correlação varia de (-1), onde os ativos podem ser negativamente correlacionados até (+1), que significa perfeita correlação. Há ainda (0), quando os dois ativos não tem nenhuma correlação.
Esta correlação é calculada dividindo-se a covariância pelos desvios-padrão dos retornos de ambas as ações. Tal resultado pode ser positivo ou negativo.
Se a correlação for positiva, pode-se afirmar que as variáveis são positivamente correlacionadas. No entanto, caso a correlação seja negativa afirmamos que são negativamente correlacionadas.
Neste sentido, um número negativo significa que a taxa de retorno de uma ação tende a estar acima de sua média quando a outra está abaixo e vice-versa.
Um exemplo prático de como funciona a correlação se dá ao analisar a Petrobras. A Petrobras e o barril de petróleo oscilam de forma diretamente relacionada, pois, conforme o preço do barril do petróleo evolui, é esperado que a receita da empresa também o faça.
Dessa forma, um aumento no valor do petróleo, é acompanhado por um aumento no valor de mercado da Petrobras.
Qual a importância da correlação entre ativos?
No mundo das finanças, correlação é uma medida estatística para medir a forma como dois ativos se movimentam, um em relação ao outro.
Quando os preços de dois ativos movimentam-se de forma similar, na mesma direção, usualmente, diz-se que eles são correlacionados. Já quando os ativos não se movimentam de forma similar, eles não são correlacionados.
Ao montar uma carteira de investimentos, queremos garantir o maior lucro possível pelo menor prejuízo. Para isso, a carteira deve ser pensada estrategicamente. Assim, podemos assegurar que uma crise, seja pontual ou em todo o mercado, afete pouco nosso capital.
Vamos usar como exemplo a relação entre o dólar e o Ibovespa. Afinal, você já notou como uma queda na Bolsa de Valores brasileira costuma ser acompanhada por uma alta do dólar? Mas por que isso acontece?
É simples! Acontece por causa do comportamento dos preços desses ativos que os afeta de maneira oposta. Foi o que ocorreu com a crise financeira mundial, onde o Ibovespa iniciou uma queda, cedendo mais de 50% do seu topo. E o dólar chegou a disparar 50% do seu valor.
Por este motivo, precisamos entender que a correlação entre ativos é puramente estatística. Isso significa que o que aconteceu no passado não é garantia de que acontecerá no futuro, sendo necessário analisar e calcular as melhores estratégias.
Neste sentido, saber medir a correlação entre ativos da sua carteira é fundamental, além de manter uma carteira diversificada, ou seja, ter ativos com correlação distintas entre si.
Tipos de correlação entre ativos
Entendendo o que é a correlação entre ativos e a sua importância, é válido destacar que existem quatro tipos de correlação de ativos – perfeitamente positivo, positivo, perfeitamente negativo e negativo. Confira abaixo cada um deles de forma mais detalhada:
Perfeitamente positiva
Neste cenário, os dois ativos estão totalmente ligados e um acompanha o outro. Dessa maneira, se o ativo X valorizar ou desvalorizar 100%, ou ativo Y, tem o mesmo resultado.
Na correlação perfeitamente positiva o índice de correlação é igual a 1, ou seja, os ativos se movem de forma perfeitamente igual.
No entanto, na prática, é muito difícil existir ativos com correlação perfeitamente positiva. Mesmo ações ON (ordinária) e PN (preferencial) de uma mesma empresa costumam se mover de forma levemente distinta.
Positiva
Podemos dizer que a correlação perfeitamente positiva é semelhante à correlação positiva.
Porém, a perfeitamente positiva é ainda mais forte. Isso porque, no caso da positiva, os ativos se comportam da mesma maneira, mas em proporções diferentes.
Trazemos como exemplo, o caso das ações da Petrobras e o preço do barril de Petróleo novamente, onde ambos oscilam de forma diretamente relacionada.
Em outras palavras, uma correlação positiva indica que os preços de um ativo tendem a acompanhar o outro.
Perfeitamente negativa
Funciona de maneira oposta à correlação perfeitamente positiva. Desse modo, se o ativo X tiver correlação perfeitamente negativa em relação ao ativo Y, e ele se valorizar 100%, então o ativo Y irá se desvalorizar 100%.
Vale ressaltar que o conceito de correlação negativa é importante para investidores ou analistas que estão considerando adicionar novos investimentos à sua carteira.
Quando a incerteza do mercado é alta, uma consideração comum é o reequilíbrio das carteiras, substituindo alguns títulos que têm uma correlação positiva com aqueles que têm uma correlação negativa.
Negativa
A correlação negativa funciona da mesma maneira que a correlação positiva, porém no sentido oposto.
Ou seja, ativos com correlação negativa tendem a caminhar em direções contrárias: quando um se valoriza, o outro perde valor. Um ótimo exemplo disso é a relação entre dólar e o Ibovespa (índice da bolsa de valores do Brasil).
Um aumento da confiança na economia brasileira, é associado a um fortalecimento do Real, e uma redução do dólar. Portanto, quando a Bolsa sobe, o dólar tipicamente tende a cair.
Da mesma forma, quando o dólar sobe, a bolsa tipicamente tende a cair. Em 2007, por exemplo, quando a economia brasileira passava por um forte otimismo, o Ibovespa renovava suas máximas mensalmente, enquanto o dólar estava próximo de suas mínimas históricas, chegando até a R$ 1,60.
Correlação e volatilidade
Na área financeira, volatilidade é uma medida de dispersão dos retornos de um título ou índice de mercado. É considerada uma medida de risco, pois quanto mais o preço de uma ação varia em um período curto de tempo, maior o risco de se ganhar ou perder dinheiro negociando esta ação.
Ela tem relação direta com a correlação de ativos, pois quanto menor a correlação entre dois ativos menor será a volatilidade desses investimentos combinados e maior será o retorno composto do portfólio.
Portanto, ao avaliarmos alguns possíveis ativos para integrar nosso portfólio não devemos apenas avaliar a volatilidade isolada de um ativo, mas sim a volatilidade conjunta de diversos investimentos através da correlação entre eles.
Peguemos como exemplo a crise financeira de 2008. Durante períodos de alta volatilidade, como nesta crise, ações têm a tendência de se tornar mais correlacionadas, mesmo sendo de empresas de diferentes setores da economia.
Na crise de 2008, muitas ações derreteram seus valores, independente do setor, lucro ou qualidade das empresas.
Mercados emergentes, mesmo tendo dinâmicas singulares entre si, também tendem a se comportar de maneira semelhante durante períodos de alta volatilidade.
Como aplicar a correlação entre ativos na carteira de investimentos
Para aplicar a correlação entre ativos na carteira de investimentos, é preciso que você considere alguns pontos.
O primeiro é selecionar ativos com pouca correlação positiva ou negativa. Assim, você garante verdadeira diversificação na sua carteira, com ativos que não estão amarrados uns aos outros.
Porém, para fazer essa seleção de ativos, você deve conhecer os indicadores. Estudar o mercado é frequentemente uma análise estatística, mas é necessário uma avaliação completa, além das estimativas.
Ou seja, é importante que você acompanhe a movimentação do Ibovespa, do dólar, do ouro e de outros ativos, buscando encontrar a razão de seus movimentos.
Importância da diversificação da carteira de investimentos
Você já deve ter ouvido que, quando o assunto são investimentos, é importante diversificar as formas de aplicação. Como dizem no mercado “não deixe todos os ovos na mesma cesta”.
É essencial diversificar sua carteira de investimentos para garantir o maior retorno sobre o menor risco possível, além de outros benefícios.
Com uma carteira diversificada, você então passa a estudar o mercado efetivamente, e não apenas os ativos. Com ativos selecionados de diversos contextos, as chances de lucro com menor prejuízo são muito maiores.
Um aquecimento econômico sempre afeta vários setores da economia. Porém, a proporção desse aquecimento ou crise pode afetar ou beneficiar diversos mercados de forma diferente.
É importante destacar que, além de investir em diversos ativos ou derivativos, é preciso considerar como eles se correlacionam. Focar nisso é importante para montar uma carteira com diversificação real e que tenha um nível maior de equilíbrio.
Isso porque, temos as armadilhas da pulverização ou falsa diversificação de investimentos. Para simplificar, uma carteira pulverizada tem ativos variados, mas a correlação entre eles é alta. Ou seja, ainda que sejam de emissores diferentes ou de setores distintos, eles se comportam de forma semelhante.
Como elaborar uma planilha de correlação entre ativos?
O Excel detém uma vasta gama de funções estatísticas. Dentre muitas outras, é possível calcular sem grandes dificuldades o coeficiente de correlação de Pearson usando a fórmula “=CORREL (matriz1;matriz2)” onde as matrizes 1 e 2 são os dados referentes às variáveis que se deseja correlacionar.
Siga os passos abaixo para elaborar a sua própria planilha de correlação entre ativos:
Primeiro passo: abra a aba “Dados” e clique em “Analisar dados”. Essa rotina irá abrir uma caixa de seleção com várias análises estatísticas. Basta selecionar “Correlação”.
Segundo passo: uma outra caixa de seleção aparecerá. Nessa etapa ocorre a seleção dos dados e opções de plotagem do resultado.
Terceiro passo: para finalizar, caso você tenha selecionado a opção de plotagem de resultados em uma nova planilha, por exemplo, uma matriz de correlação será exibida em outra aba do arquivo.
Descubra uma nova forma de investimento com a Vangardi
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Na Vangardi você possui as melhores formas de investimento, entre elas o Investimento Coletivo Imobiliário.
Investimento Coletivo Imobiliário
O investimento coletivo imobiliário, também conhecido como crowdfunding imobiliário, é um meio estratégico para levantar capital e oferecer uma alta rentabilidade para os investidores.
O financiamento coletivo de imóveis é uma tendência crescente no setor imobiliário e por um bom motivo.
Usado corretamente, pode beneficiar tanto quem busca financiar investimentos quanto quem recebe o financiamento. Por esta razão, é uma forma de investimento muito atrativa e uma oportunidade segura e rentável para quem quer investir.
A grande diferença deste tipo de investimento é que o investimento coletivo imobiliário não é feito através de um só investidor, mas sim consegue alcançar um grande grupo de pequenos investidores, como você.
Estamos falando de uma forma de incorporadoras e construtoras adquirirem capital, não implicando apenas um investidor, mas dando a oportunidade para pequenos investidores iniciarem no setor.
Além disso, o investimento coletivo imobiliário tornou-se associado a vários outros benefícios, pois aumenta suas opções de diversificar o portfólio de investimentos.
Por isso, é uma das formas de investimentos oferecidas pela Vangardi – uma Fintech (empresa de tecnologia em finanças) que tem a missão de democratizar investimentos em empreendimentos da economia real e financiar empreendedores de forma coletiva.
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Conclusão
A palavra “correlação”, de acordo com o dicionário Aurélio, significa relação mútua entre dois termos. Correlacionar, portanto, significa estabelecer uma relação.
No mundo das finanças, correlação é uma medida estatística para medir a forma como dois ativos se movimentam, um em relação ao outro.
Temos quatro tipos de correlação entre ativos – perfeitamente positiva, positiva, perfeitamente negativa e negativa.
Tal correlação é representada pelo coeficiente de correlação, variando entre perfeitamente correlacionados (+1) e negativamente correlacionados (-1), tendo ainda o (0) quando os dois ativos não tem nenhuma correlação.
Abordou-se ainda a importância desta correlação entre ativos, principalmente para sua carteira de investimentos (um grupo de ativos que pertence a um investidor, pessoa física ou pessoa jurídica).
Afinal, ao montar esta carteira queremos o maior lucro e o menor prejuízo, sendo fundamental a carteira ser pensada de forma estratégica.
Deve-se levar em conta a seleção dos ativos, os indicadores e a diversificação da carteira de investimentos, pois como dizem no mercado “não deixe todos os ovos na mesma cesta”. Desta forma, por exemplo, podemos assegurar que uma crise como a de 2008 – seja pontual ou em todo o mercado, afete pouco nosso capital.
Concluímos que saber medir a correlação entre ativos da sua carteira é fundamental. Pode-se dizer também que escolher ativos com uma baixa correlação pode ajudar a diminuir o risco de uma carteira de investimentos.
É sempre bom ter em mente que a correlação entre ativos não é algo estático, mas sim uma força dinâmica, estando sempre em mudança. Analisar a média histórica pode nos trazer algumas dicas, mas nunca certezas.
É possível elaborar uma planilha de correlação de ativos. Isso porque, o Excel detém uma vasta gama de funções estatísticas.
Onde é possível calcular sem grandes dificuldades o coeficiente de correlação de Pearson usando a fórmula “=CORREL (matriz1;matriz2)”, das quais, as matrizes 1 e 2 são os dados referentes às variáveis que se deseja correlacionar, dentre muitas outras funções.
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